PJ faz buscas em mais uma IPSS

Autoridades investigam suspeitas de peculato de uso, fraude na obtenção de subsídios e falsificação de documentos, avança a SIC Notícias.

Depois das investigações à Raríssimas e à Fundação “O Século”, a Polícia Judiciária está hoje a fazer buscas na IPSS “O Sonho”. A notícia está a ser avançada pela SIC Notícias e foi confirmada ao Jornal Económico por fonte da PJ. Segundo a mesma fonte, não há detidos na operação.

De acordo com uma nota publicada na página da internet da Procuradoria da Comarca de Setúbal, “o DIAP Sede da Comarca de Setúbal realiza hoje buscas à IPSS “O Sonho”, sita nesta cidade, por lhe ter sido apresentada denúncia pela prática dos crimes de fraude na obtenção de subsídio, participação económica em negócio e peculato”.

“As buscas, presididas pelo Ministério Público e levadas a cabo pela PJ de Setúbal com a coadjuvação da Segurança Social, abrangem também os equipamentos sociais da IPSS e domicílios”, pode ler-se no documento.

Os “equipamentos sociais da IPSS” referidos pela Comarca de Setúbal são creches e infantários sediados também em Setúbal, ligadas à instituição “O Sonho”. Entre elas estão “O Ninho”, “A Joaninha” e “O Pirilampo”. As autoridades investigam a alegada apropriação indevida de centenas de milhares de euros destinados ao apoio a crianças.

De acordo com o site da IPSS, “o Sonho é uma associação de direito privado sem fins lucrativos, constituída em 1980”.

“Surgiu na sequência da identificação de vários problemas sociais e situações de risco existentes no Concelho de Setúbal, aliados à sensibilidade crescente para a necessidade de os resolver, com o objetivo de promover o desenvolvimento do Concelho, em especial no que se refere à integração dos grupos sociais mais desfavorecidos”, pode ler-se na mesma apresentação.

“O objeto social da Associação O Sonho consiste na promoção e no desenvolvimento social, através de uma integração adequada, visando o desenvolvimento global e equilibrado do Concelho, mediante o apoio direto à promoção dos recursos locais, especialmente os humanos. Estabelece para tal, parcerias e protocolos de colaboração com entidades da região e nacionais para em conjunto, desenvolverem projetos de intervenção social”, conclui.

A associação presidida por Florival Cardoso é a terceira IPSS a ser investigada em poucos meses.

Lusa