Por sua vez, a Polícia Judiciária emitiu um comunicado explicando que a operação visou “suspeitos de pertencerem a uma estrutura criminosa que vem cometendo crimes de ofensa física qualificada, em alguns casos agravadas e até tentativas de homicídio, crimes motivados pela diferença de raça ou orientação sexual das vítimas”.
“A investigação apurou ainda que neste contexto foram cometidos outros crimes de idêntica natureza, tendo como vítimas cidadãos que perfilham uma ideologia antifascista e antagónica à dos autores destes factos”, acrescentou a nota da PJ.
A PGDL precisou que no âmbito de um inquérito do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa foram emitidos mandados de busca e detenção visando 17 suspeitos e 35 residências, em Braga, Lisboa e Albufeira. A operação foi desencadeada pela Unidade Nacional de Contra Terrorismo da Judiciária.
Os indivíduos são suspeitos de fomentarem “ações violentas contra indivíduos de raça negra, indianos, de orientação sexual diferente da deles e refugiados, usando as redes sociais da internet para o incitamento ao ódio, discriminação racial, perseguição e violência física” , defendendo a expulsão ou a proibição de entrada em Portugal de todas as minorias étnicas.
“No âmbito dessa atividade, no período compreendido entre 3 de novembro de 2013 e 20 de setembro de 2015, os suspeitos, motivados pela referida discriminação, terão agredido vários indivíduos e tentado causar a morte de de um outro, bem como subtraído com violência e/ ou danificado bens pertencentes a outros indivíduos”, adiantou a PGDL.