09.8.2024 –
Faltou muito pouco para ser ouro e bicampeão olímpico, mas a medalha de prata já coloca Pedro Pablo Pichardo num seleto grupo de atletas portugueses.
Depois de subir ao lugar mais alto do pódio em Tóquio, Pedro Pablo Pichardo voltou aos Jogos Olímpicos para voltar a fazer história em Paris. Faltou muito pouco – mais concretamente dois centímetros – para ser ouro e bicampeão olímpico, mas a medalha de prata já o coloca num seleto grupo de atletas portugueses.
Pichardo junta-se aos maiores medalhistas olímpicos do país, Luís Mena e Silva (hipismo), Carlos Lopes e Rosa Mota (maratona), Fernando Ribeiro (10.000 metros) e Fernando Pimenta (canoagem), todos com duas medalhas.
Recordista português na modalidade, Pichardo já se tinha apurado para as finais com o melhor tempo da competição e, esta sexta-feira, voltou a saltar em grande nível.
Logo à primeira tentativa, alcançou a marca de 17.79 metros. Apesar de ter melhorado no segundo salto (17.84), continuava a dois centímetros de Jordan Díaz, atual campeão europeu, que, assim como Pichardo, também nasceu em Cuba.
Antes mesmo de começar a final no Stade de France, marcada por uma forte chuva esta sexta-feira, a sensação era que o pódio estava assegurado, restando saber qual a cor da medalha, face à confiança e serenidade transmitida pelo atleta português.
Porém, a vontade de subir o mais rápido possível para a liderança terá tramado Pichardo, que pisou a barra laranja e fez nulo no terceiro salto, que era incrível, mas não contou.
Depois de um quarto salto abaixo do expectável, o luso-cubano abdicou da quinta tentativa, numa decisão tática de preservar o corpo para um último e decisivo esforço.
Voltou a repetir os 17.84 metros e ficou a apenas três centímetros de superar o novo campeão, Jordan Díaz.
Depois de Iuri Leitão e Patrícia Sampaio, foi a terceira medalha para Portugal nos Jogos Olímpicos.
SIC Notícias