Petição exige condecoração de português que combateu o ISIS

Uma petição online foi lançada para a atribuição da Ordem da Liberdade (a título póstumo) a Mário Nunes, voluntário português do YPG na luta contra o autoproclamado Estado Islâmico.

Mário Nunes, um ex-militar, desertou do seu posto na Força Aérea para se alistar nas Unidades de Proteção Popular, afirmando na altura em entrevista à revista Sábado que “preferia morrer a não fazer nada”.

“Alguns dirão que Mário Nunes foi um traidor à pátria, pois, sendo militar, desertou do seu posto numa messe da Força Aérea Portuguesa para ir lutar integrando um grupo paramilitar não reconhecido pelo Governo de Portugal (…) do ‘Princípio de Nuremberga’ pode deduzir-se um corolário: o de que a desobediência (incluindo a deserção) é aceitável — e até um imperativo moral! — quando, perante crimes contra a Humanidade, a ordem é (implícita ou explicitamente) para nada fazer”, pode ler-se no texto que explica o motivo que levou à criação da petição.

Posto isto, os autores da petição defendem que Mario Nunes é “merecedor do reconhecimento e do louvor nacional”, por “serviços relevantes prestados em defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e à causa da liberdade”.

Recorde-se que o militar acabou por morrer, tendo sido capturado e executado pelos extremistas do Estado Islâmico.

Fonte: noticiasaominuto

Foto: DR