Pelo menos dois mexicanos entre as pessoas mortas por engano no Egito

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do México confirmou, esta segunda-feira, que, pelo menos, dois turistas mexicanos foram mortos quando forças de segurança confundiram os veículos em que seguiam durante uma perseguição a jiadistas no domingo.

“Até agora, infelizmente, confirmamos a morte de dois nacionais do México neste incidente”, disse em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros, indicando que outros cinco mexicanos estavam em condição estável num hospital.

O ministério acrescentou que está em curso a verificação das identidades das vítimas.

Segundo informação do Ministério dos Negócios Estrangeiros mexicano, a ministra da tutela, Claudia Ruiz Massieu, exigiu ao embaixador egípcio no México uma investigação completa e explicação do incidente no qual um grupo de turistas, incluindo um número desconhecido de nacionais do país, foi atacado no Egito.

Em comunicado emitido pouco depois da meia-noite, o Ministério do Interior do Egito sustenta que uma patrulha conjunta da polícia e do exército estava a perseguir “elementos terroristas” na região do deserto ocidental, cujo acesso está proibido.

Popular entre os turistas, o deserto ocidental é também um dos esconderijos de grupos jiadistas, incluindo o ramo egípcio do autoproclamado Estado Islâmico (EI).

“As forças conjuntas da polícia e do exército, que perseguiam terroristas em Wahat, no deserto ocidental, abrir fogo por engano sobre quatro “pick-up” que transportavam turistas mexicanos”, referiu um comunicado do Ministério do Interior egípcio.

“Doze pessoas foram mortas e dez ficaram feridas entre os turistas mexicanos e os egípcios” que os acompanhavam, acrescentou, indicando que as vítimas “se encontravam numa zona que não é autorizada a turistas”.

Jornal de Noticias