“METEORA OLIVEIRIANA” é o tema da conferência que o professor Pedro Serra vai proferir, abrindo o Ciclo de Conferências dedicado a Carlos de Oliveira que irá decorrer ao longo das próximas quartas-feiras deste mês de outubro. Integrada na vasta e diversificada programação que a Câmara Municipal preparou para assinalar as comemorações do centenário do nascimento do escritor, a sessão decorrerá no próximo dia 6 de outubro, a partir das 18h00, em formato online, através da plataforma YouTube.
O docente abordará diversos temas, designadamente a aproximação às figurações cósmicas na obra de Carlos de Oliveira, atraindo, para tanto, a ‘máquina do mundo’ camoniana, a etimologia da palavra Stimmung de Leo Spitzer e a revalorização crítica do ‘cosmismo russo’ levada a cabo por Boris Groys. A abordagem de Pedro Serra dará particular atenção ao recorte oliveiriano de uma energia cósmica aural, nesta que será primeira de um ciclo de quatro conferências que prestará homenagem a um dos grandes escritores portugueses da segunda metade do século XX.
Com uma notável carreira reconhecida pelo seu contributo à língua portuguesa, Pedro Serra é docente de literaturas portuguesa e brasileira na Universidade de Salamanca, onde coordena o Grupo de Investigação em «Estudos Portugueses e Brasileiros». Destaca-se ainda o importante papel enquanto investigador do Grupo de Hermenêutica e Literatura Comparada da Universidade Autónoma de Madrid, o de docente no programa de doutoramento em «Materialidades da Literatura» e de membro do Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra.
Recorde-se que o principal objetivo deste ciclo de conferências é o de, por um lado, percorrer lugares bastante frequentados nas obras de Carlos de Oliveira, submetendo-os a perspetivas críticas novas, como é o caso das intervenções de Pedro Serra, da Universidade de Salamanca, (Espanha) e de Eduardo Sterzi, da Universidade Estadual de Campinas (Brasil). Mas, por outro lado, visitar o espólio do autor, no caso de Ricardo Namora, e interrogam a sua presença, e ausência, nos programas escolares, no caso de Rui Mateus, ambos membros do Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra.