01.8.2024 –
O público da Expofacic cantou, saltou, dançou e emocionou-se com a magia de um espetáculo repleto de momentos incríveis!
Não há volta a dar: Pedro Abrunhosa nasceu para arte e sabe utilizar, como ninguém, o poder que ela tem de tocar no coração de cada pessoa que está na plateia. As crianças que morrem diariamente em Gaza, no Sudão do Sul, na Inglaterra, através de facas, balas, bombas assassinas ou mesmo, de fome, bem podem agradecer aos Abrunhosas que não deixam-nas cair no esquecimento porque, como ele mesmo diz, “se nos calarmos só haverá escuridão!”
Pedro Machado Abrunhosa leva aos palcos em que atua, uma carga emotiva e uma energia que parece que jamais acabarão… e, há trinta anos é que é assim!
Artista com um “A” superlativo, o “A” de Abrunhosa é sinónimo de talento, paixão pelo que faz e respeito pelos que vão aos seus concertos. Ele, e sua vasta equipa de músicos que acompanham-no nas suas qualidades artísticas, completam-se na perfeição e comprendem os improvisos do homem do leme com apenas um pequeno gesto de mão. Eles já sabem o que ele quer, eles saem das suas zonas de conforto e, tal e qual Abrunhosa, soltam quaisquer amarras para levar a assistência a um êxtase… que, somente a excelente música consegue realizar!
A estrela da noite levou ao palco Jorge Palma e Leonard Cohen com a sua voz e a sua forma de cantar, toda ela peculiar. Mas, longe de estar retido à sua celebridade, também levou uma menina, de nome Leonor Quinteiro que tem apenas 13 anos de idade, mas já canta como gente grande. O dueto que realizaram mostraram a humildade de um senhor da música e um talento que já se revela, através de uma linda voz e uma presença em palco completamente desinibida.
Entretanto, é necessário dizer que, o magnífico espetáculo com qual Cantanhede foi brindada, foi antecedido de um coral que abriu com chave de ouro a sétima noite da Expofacic.
A Alma de Coimbra foi cantada de forma brilhante, sempre capitaneada exemplarmente pelo Maestro Augusto Mesquita, um verdadeiro líder nato que poucos ou nenhuns gestos precisa fazer, para que aquilo que pretende seja alcançado pelos seus pupilos. A paixão musical começou com eles e, ao entregarem o palco a Pedro Abrunhosa, fizeram-no de maneira discreta, porém soberba!
Desde a “Paz”, que foi a palavra central da noite à calma prestação de um coral repleto de vozes ímpares, tudo acabou por conjugar-se naquela que, até ao momento, foi a melhor noite da Feira deste ano. Entretanto, renovam-se as esperanças dos grandes espetáculos, já que ainda há muito mais por ver (hoje há António Zambujo e Miguel Araújo, por exemplo…)
Aconteça o que acontecer, à sétima noite ficará na história desta Expofacic 2024…
Jornal Mira Online