17.10.2024 –
Secretário-Geral diz que vai propor a abstenção na votação do Orçamento do Estado à Comissão Política do Partido Socialista.
Admitindo ser “contra a ideia de um Bloco Central, formal ou informal, e contra acordos de incidência parlamentar entre PS e PSD, a não ser em situações limite e muito excecionais, em que a própria democracia esteja em causa” e recusando ser “refém do Chega” — que já anunciou que irá votar contra o OE 2025 — o líder socialista sublinha que o PS apresentou apenas apenas duas exigências para viabilizar o documento.
“Este voto será para a votação na generalidade e para a votação final global”, o que não significa que o PS não vá para a discussão do OE “com toda a liberdade”, visto que “não chegou a acordo” com o Governo.
Quando tudo apontava para um voto contra do PS, Pedro Nuno Santos esclareceu que “há duas coisas” impossíveis de ignorar pelo partido: “Em primeiro lugar, que passaram apenas sete meses sobre as últimas eleições legislativas. Em segundo lugar, um eventual chumbo do orçamento poderia conduzir o país e os portugueses para as terceiras eleições legislativas, em menos de três anos, sem que se perspetive que delas resultasse uma maioria estável.”
“É por estas duas razões, e apenas por estas duas razões, que tomei a decisão de propor à Comissão Política Nacional do Partido Socialista a abstenção na votação do orçamento do estado para 2025”, concluiu Pedro Nuno Santos.