2024: Esta é a data em que o Club Domus Nostra quer estar de volta aos Nacionais de Futsal. Mas, naquele clube não basta ter fé: ali trabalha-se arduamente para conquistar cada objetivo planeado!
Paulo Grego e sua entourage – leia-se, “equipa que o acompanha desde há muito” – procuram, desde a primeira hora do seu primeiro mandato, levar o Domus Nostra a um porto seguro, mesmo que seja necessário dar um passo atrás para, de seguida, andar dois para a frente. Sempre foi assim e não há perspectiva de que a nau mude de rumo enquanto aqueles homens e mulheres se mantiverem a frente do clube.
Chegado o momento de se fazer um primeiro balanço no que se refere à mudança técnica que a equipa de seniores masculinos experimentou há alguns meses, o Jornal Mira Online usou este ponto de partida como âncora para uma entrevista mais ampla, onde o Presidente do Clube fala-nos sobre o que vai acontecendo naquela casa…
FUTSAL MASCULINO – SENIORES
Paulo Grego,quando questionado se a aposta em Henrique Oliveira (Pampas) está dentro daquilo que era expectável, acabou por… negar! Mas, não se assuste o leitor, pois a resposta é bem mais ampla e completa.
“A resposta a esta pergunta é a de que não é o que esperávamos, sinceramente: é muito superior a isso, visto que estamos, todos, agradavelmente surpreendidos com o homem Henrique, pela sua maturidade, pela sua maneira de se relacionar com os jogadores, o staff e todos os elementos que compõem a Direção do clube. Não tínhamos dúvidas nenhumas de que o treinador tinha capacidades técnicas suficientes para fazer um excelente trabalho mas, repito, o ser humano Henrique Oliveira é daquelas pessoas que deixarão marcas no património deste clube!”
Não sendo o único nome que esteve em cima da mesa, aquando da decisão sobre o novo treinador da equipa principal, Henrique agarrou logo a oportunidade, quando sentaram-se, Diretores e Treinador, para uma conversa. “Traçamos um perfil: o novo mister teria de ser jovem, apostar na formação e com jogadores locais… assim, foi extremamente fácil chegarmos a um acordo, pelo facto de percebermos o entusiasmo com que o Pampas aceitou aquilo que desejavamos para o clube naquele momento. Por isso tudo digo que o Henrique, garantidamente, só deixará o Domus Nostra, caso apareça algo que seja melhor para ele!”.
Quanto ao panorama atual do campeonato, que já vai pela metade, praticamente, Paulo Grego faz um balanço positivo: “Temos 5 jogos realizados: ganhamos dois, perdemos outros dois e empatamos um. Isso é absolutamente normal num campeonato que teve algumas desistências e, aqueles que vão continuando o caminho, tal como nós, acabam por ter as mesmas ambições que temos, visto serem equipas com estruturas montadas para uma eventual subida aos nacionais. Desta maneira, é bastante natural que o equilíbrio se faça até ao fim. Gostavamos de estar no quadrangular final e é para isso que vamos lutando dia a dia. Acontece, porém, que sendo uma equipa jovem, ela tanto pode ganhar como escorregar em qualquer campo. No final, veremos o que dará esta longa batalha mas, de certeza que acredito que a continuidade deste projeto é capaz de levar-nos aos Nacionais no nosso cinquentenário, em 2024…”
FUTSAL FEMININO – SENIORES
Esta é “mais uma aposta que veio para ficar” garante o Presidente, para quem os resultados “pouco ou nada dizem, nesta conjuntura”.
“Formar e participar” é o lema que se utiliza no clube, no que se refere às meninas do futsal. Saber que “algumas atletas já vieram da nossa formação” é o bastante para que a Direção do clube entenda que, como há duas décadas nos masculinos, a formação feminina começa, paulatinamente, a dar frutos e acabará, tanmbém ela, por gerar futuras campeãs e dará tanto orgulho como os rapazes já deram e continuam a dar.
“A pandemia tirou 30% das equipas que disputariam o campeonato e isso é péssimo para o desporto. Hoje são apenas 5 equipas, dentre as quais, o Domus, que disputam, sendo que verdadeiramente duas disputam a subida ao Nacional e as outras três, incluindo nós, competem no sentido de fazerem-se crescer para “ser alguém” no panorama do Futsal feminino de Coimbra, a médio prazo. Em suma, estamos bastante satisfeitos com o que estamos a realizar!” completa Paulo Grego.
FORMAÇÃO
Uma vez mais, “e a custa de enorme sacrifício”, o Clube Domus Nostra tem equipas em todos os escalões da formação.
Para além da existência das colinhas com 3 equipas (Bambis, Petizes e Traquinas), também é forte a esperança de conquistar “um ou dois títulos nas cinco equipas de formação que possuímos”. Esta, mantém-se atualizada e é recordada semana após semana, já que o clube, atualmente, tem cerca de 150 atletas só no futsal, para além de mais 150 nos outros desportos e isso só acontece graças “a uma ambição que possuímos, de formar atletas e seres humanos capazes de compreender que a luta é contínua, seja no desporto como na vida”, conclui.
OUTRAS ÁREAS
O Karate, a Pesca Surfcasting (que disputa a Primeira Divisão Nacional), a Escola de Dança, o Hip-Hop, a E-Sports e a parceria com Cabo Verde (a JAL Atletismo) são demonstrações de uma coletividade viva que procura englobar bem mais que o carro-chefe, o Futsal.
Paulo Grego confessa-se “orgulhoso e ciente da enorme responsabilidade de termos nas nossas mãos, os destinos de um clube que faz porocura ser e fazer ainda mais que aquilo que as pessoas lhes reconhecem”.
A alma, a força e a perseverança fazem parte da coletividade que nasceu numa pequena aldeia para ser tão grande quanto as suas gentes desejarem.
A vontade e o querer estão na ponta de uma sapatilha ou de uma cana de pesca. Seja no que for, com avanços e recuos, no Domus dança-se conforme a música mas, de uma coisa todos têm a certeza: o caminho é sempre em frente, custe o que custar!
Jornal Mira Online