O Primeiro.Ministro de Portugal, aproveitou a Conferência dos 25 anos do “Diário Económico” para tentar desfazer o que considera ser “mitos da oposição” no que se refere à crise que conduziu a todo o processo do programa de ajustamento económico.
Para Passos Coelho, o PEC IV não foi um “empurrão” dado pelo PSD para que o país caísse no “abismo”. Na verdade -segundo ele – as medidas do PEC IV eram absolutamente insuficientes, e – como os três anteriores – pecava por falta de “realismo”.
Quanto ao “mito” de que era possível “seguir este caminho sem tocar na despesa social”, Paços Coelho respondeu ser impossível “fazer ajustes sem reduzir esta despesa”.
Outro”mito” que tentou desfazer foi o da forma como o ajustamento pedia ter sido feito. Pelas suas palavras, soube-se que este “era inevitável”, em contraponto a um ajustamento com bases em políticas de crescimento.
Por último, o “mito” de que a Comissão Europeia “convidou os países para avançarem com medidas contra-cíclicas”: para ele, isto “não é verdade”, já que as medidas estavam “limitadas pela manobra orçamental… que Portugal – por exemplo – não tinha, na altura”.