Recebeu o nome de “ROSTOS – DO VISÍVEL AO INVISÍVEL” e tem 25 retratos, acompanhados de histórias pessoais de emigrantes portugueses. Esta, é a exposição patente no Consulado de Portugal em Paris, e que visa “desmistificar” preconceitos relacionados com esta comunidade, segundo os autores da ideia.
O fotógrafo e jornalista Ricardo Figueira, que reside em Lyon há 15 anos, e a investigadora lusofrancesa Elisabete Machado, resolveram colocar em prática este projeto para mostrar que “nem todos os portugueses são trolhas, e nem todas as portuguesas, porteiras”.
Segundo Ricardo, há por lá todos os tipos de pessoas, de todos os tipos de físicos , de todas as idades, e que fazem muitas outras profissões, para além das que o velho cliché quer mostrar.
Quanto aos retratos, afirma que são todos a preto e branco por ser intemporal e clássico.
Já no que se refere aos depoimentos, ele afirma que a emigração mais recente veio com uma outra visão – totalmente diferente – daquela que chegou à França há meio século.
Porém, este projeto, que está longe de ser um tratado sociológico, deixa claro que uma coisa as emigrações de tempos tão distintos têm em comum: assim como há 50 anos, são milhares os que fogem de Portugal novamente, devido “às condições económicas” .
“ROSTOS – DO VISÍVEL AO INVISÍVEL” estará no Consulado de Portugal em Paris até ao dia 20 de Junho. Já passou por Sain-Etienne e Vila Nova de Gaia, e tem agendada a passagem por Montpellier.
Depois, a exposição será transformada em livro, até ao final deste ano.