Em tempo de Advento, Francisco apela à proximidade e à vigilância da oração, que “desperta da tibieza duma vida horizontal, levanta o olhar para o alto, sintoniza-nos com o Senhor”.
Na missa de encerramento do consistório, neste domingo, na basílica de São Pedro, o Papa Francisco pediu aos novos cardeais que não “tenham pretensões terrenas, não se percam “em mil coisas”, não se distraiam “por tantas vaidades” nem se gastem “por um pouco de dinheiro, fama ou sucesso”.
Em tempo de Advento, o Papa apela à proximidade e vigilância, sobretudo porque há dois “sonos perigosos”: o sono da mediocridade e o sono da indiferença.
Contra a mediocridade, Francisco propõe a vigilância da oração, que “desperta da tibieza duma vida horizontal, levanta o olhar para o alto, sintoniza-nos com o Senhor. A oração permite a Deus estar perto de nós; por isso, liberta da solidão e dá esperança. A oração oxigena a vida: tal como não se pode viver sem respirar, assim também não se pode ser cristão sem rezar.”
Contra “o sono da indiferença”, que leva a “reivindicar tudo para si e a desinteressar-se dos outros”, é fundamental “a vigilância da caridade”. E como “a caridade é o coração pulsante do cristão”, disse o Papa aos novos cardeais, “tal como não se pode viver sem pulsação, assim também não se pode ser cristão sem caridade.”
Aura Miguel / RR
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