Os homens mais ricos do planeta já recuperaram dos prejuízos provocados pela pandemia de coronavirus. A conclusão é do estudo “O Vírus da Desigualdade” publicado esta segunda-feira pela ONG Oxfam que avança que os mais pobres podem demorar mais de uma década a recuperar da crise económica.
“Os mais de meio biliões de dólares que os homens mais ricos do mundo arrecadaram no ano passado poderiam ter sido usados para dar uma vacina a toda a gente no mundo ou para prevenir toda as pessoas de caírem na pobreza durante os tempos da pandemia, por isso a diferença é muito grande”, alerta Gabriela Bucher, diretora executiva da Oxfam International.
De acordo, com a OXFAM os governos têm tido um papel preponderante a apoiar as pessoas em maiores dificuldades. Diz Gabriela Bucher, que “muitos governos deram bastante apoio, a nível global as diferenças são enormes. Um bom exemplo é a Coreia do Sul, eles já estão focados em reduzir as desigualdades com uma série de ações como aumentar o salário mínimo ou investir na saúde, na educação e também no auxilio a 42 milhões de famílias. A Nova Zelândia é um governo exemplar no foco que consideramos correto, no bem-estar das crianças, na educação, em garantir que a economia trabalha para todos e não para o Produto Interno Bruto”.
Segundo a OXFAM, os jovens e as mulheres são os mais afetados economicamente pela crise. O Estudo da ONG foi publicado por ocasião do Fórum Mundial de Davos, este ano realizado por videoconferência.
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