Ordem dos Médicos acolhe lançamento do livro “Nos Bastidores da Medicina”, de Cândido Ferreira

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos acolhe o lançamento do livro do médico e escritor Cândido Ferreira, “Nos Bastidores da Medicina – reflexões autobiográficas que nunca pensei escrever”, no próximo dia 17 de abril (quarta-feira), a partir das 18h00, na Sala Miguel Torga da Ordem dos Médicos (Av. Dom Afonso Henriques, 39), em Coimbra.

A sessão contará com as intervenções de:

  • Carlos Cortes| Presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos
  • Cândido Ferreira| Médico nefrologista, autor da obra
  • Diogo Cabrita| Cirurgião e escritor
  • Isabel de Carvalho Garcia| Editora
  • Júlio Leite| Cirurgião e Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Medicina da Univ. Coimbra
  • Vasco Pereira da Costa| Escritor e artista plástico

 

# A presente obra:

Trata-se de uma autobiografia que aborda muitos casos reais da atividade médica e cívica do autor, integrando ainda alguns artigos de opinião e intervenções públicas.

Através de uma escrita fluída, pejada de humor e de crítica mordaz, sem medo de expressar a sua opinião e de usar remates estilísticos de minúcia e ornamentos de filigrana, Cândido Ferreira mostra-nos o seu percurso de vida e os “casos dignos de relato” com que se confrontou, ao longo de mais de quatro décadas. São histórias com gente dentro e que, ao mesmo tempo, sensibilizam o leitor para os sempre renovados caminhos no exercício da Medicina.

O livro, de 380 páginas, tem chancela das Edições Minerva Coimbra (2019).

O autor:

Cândido Ferreira, médico nefrologista, é um escritor de pensamento livre, marcado pelo humanismo, e é ainda reconhecido pela sua generosidade e dedicação aos doentes, tendo tido várias intervenções na esfera política.

Nascido em Febres (Cantanhede/1949), onde frequentou a escola primária, cumpriu o restante percurso escolar em Coimbra, culminando o curso de Medicina em 1973.

Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, trabalhador-estudante, delegado de curso e atleta da Associação Académica de Coimbra. Com um notável percurso profissional, em 1976 foi o grande impulsionador do Hospital de Pombal, do qual foi diretor. Entre 1978 e 1982, foi Assistente de Nefrologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, tendo ainda frequentado um estágio em Lyon (1980) na área da transplantação renal.

Regressado aos Hospitais da Universidade de Coimbra, Cândido Ferreira integrou o programa de “Enxertos de Rim” na Zona Centro. Segundo o seu curriculum, esteve na organização da primeira consulta de transplantação em Portugal, na primeira colheita de órgãos e acompanhou clinicamente a primeira – e bem-sucedida – transplantação renal com rins de cadáver, sendo o único médico não-cirurgião.

Em 1982, enveredou pela diálise privada a partir de Leiria, mas nunca esqueceu a vertente formativa, área em que deu importantes contributos não só à Medicina, mas também à Enfermagem.

É autor dos romances “O Senhor Comendador”, “A Paixão do Padre Hilário” e “Setembro Vermelho” e de três livros de crónicas – “Os Burros”, “Esmeralda-Sim! …” e “Pelas Crianças de Portugal – A propósito de Esmeralda e de outras causas”. Foi ainda porta-voz de um movimento na blogosfera, criado em torno do “Caso Esmeralda” e coordenador de uma edição sobre Alexis Carrel (Nobel da Medicina em 1912). Já em 2018, publicou mais dois livros: “Pegadas Recentes… – Integrado nas comemorações do encerramento da atividade médica” e “A transplantação em Portugal – O meu testemunho”.

No romance histórico “Setembro Vermelho” confluem as suas vivências da crise académica desencadeada a 17 de Abril de 1969, em Coimbra, comemoração a que simbolicamente se quis associar, cinquenta anos depois, com o lançamento desta nova obra.

Cândido Ferreira foi distinguido na Enciclopédia de Artistas Médicos e na Antologia de Ficcionistas da Gândara. Desde 2009, é membro convidado da Sociedade Portuguesa de Escritores.

Durante mais de 40 anos de dedicação à Medicina, multiplicou-se também em inúmeras iniciativas nas áreas cultural, social, cívica, associativa e autárquica, estando neste momento a criar múltiplos núcleos museológicos, em todo o espaço da lusofonia, que integrarão as novecentas mil peças que reuniu, estudou e preservou ao longo da sua vida.