OPINIÃO QUE CONTA: “Por uma imprensa livre de amos” (Movimento de Cidadania Democrática)

O MCD (Movimento de Cidadania Democrática) atento aos últimos desenvolvimentos da recorrente mistura de negócios com política ou com as instituições públicas, não pode deixar de repudiar tal comportamento reiterado no nosso país, além de que o MCD já tem vindo a queixar-se da inoperância dos media, face ao que tem vindo a denunciar.

Assiste-se hoje a uma progressiva tomada de assalto do poder político aos media, jornais nacionais e canais televisivos.

Mas a liberdade de imprensa e de informação é condição inalienável e irrevogável do exercício da democracia!

O recente ajuste direto do Grupo Águas de Portugal à revista Visão é mais um perigoso sinal da crescente cartelização da comunicação social, da mistura dos negócios com a política e da política com os instrumentos de informação de massa.

Os novos modelos de financiamento dos media nacionais que se traduzem na prática em contratos comerciais com a participação de jornalistas que colidem com a independência editorial exigida por lei, o que não é saudável para a liberdade de expressão, direito consagrado no Artigo 37.º da nossa digníssima Constituição.

Também o facto do empresário Marco Galinhas do grupo Bel, que já controla 30% da Media Capital, ter comprado 22% à Impresa e reforçado a sua posição na agência Lusa, é mais um sinal do estrangulamento do primado da independência jornalística e da tentativa de coartar a Cidadania, a Igualdade e a Liberdade, valores absolutos.

Por outro lado, esta corrente de interesses e tráfego de influências facilita o colossal polvo da corrupção que existe e que todos os cidadãos honestos querem combater.

Acresce que mais perigosas que as fakenews, que tanto preocupam os arautos do regime, é a informação e a opinião que os mass media propositadamente não “passam”, porque estão subjugados a uma agenda política, que é a agenda de quem lhes paga.

Na defesa do bom nome da Democracia, de um Estado plural e do Povo português urge reverter este estado de coisas!

Também o “tema” pandemia tem sido tabu nos debates televisivos para estas legislativas, mas antes estava na ordem do dia dos protagonistas que agora são candidatos ou recandidatos!

O MCD exige respeito com todos os Portugueses e Portuguesas, o que não se tem sentido, até porque pelas últimas declarações do PR, se constata que o mesmo está agora a propor um “retoque legislativo”, não acautelando o “perigo” de contágio destas pessoas que querem “libertar”, somente no dia de eleições. Até parece que este perigo de contágio se esfuma no dia 30 de janeiro, dia das eleições legislativas antecipadas!

 

A Direção: Fernando Pereira, Carlos Magalhães, Bruno Monarca, Armando Maia, Carlos Silva”