Medo de ser feliz
Não! Não tenho medo.
Afinal o que é ser feliz? É tão relativo e tão subjectivo… o que é a felicidade? Para quem tem fome, é ter comida…. Para quem sede, é ter água… Para quem está doente, é ter saúde… Para quem está preso, é ter liberdade… E assim sucessivamente… Eu tenho tudo isto e tenho tanto mais… Meu Deus, se tenho!!!!
Então sou imensamente FELIZ! Quanto às questões do coração… amor e paixão… são coisas efémeras, temporárias… duram o que duram e são eternas enquanto duram.
E enquanto duram, são boas! Claro! Não nego! Mas acabam depressa e quando acabam deixam dor, mágoa e sofrimento… inevitavelmente!
Mas depois… não esqueçamos que existe o tempo… que tudo leva… que tudo cura!!! Ficam marcas? Cicatrizes? Sim, ficam. Umas mais visíveis, outras nem tanto…
Mas sobrevive-se SEMPRE!
Medo de ser feliz?
Não! Não tenho! Simplesmente a Felicidade não pode, nem tem que depender do tal sentimento que se aloja no coração e a que, convencionalmente, se chama amor ou paixão. Se a felicidade tivesse que depender disso… ninguém seria feliz! Não há amores eternos, a não ser aqueles que nunca chegam a ser. Como os de Tristão e Isolda, Romeu e Julieta, Pedro e Inês ou Bonnie e Clyde e outros não conhecidos mas, não menos reais.
Felicidade é ter um amigo a quem dar um abraço que é retribuído na mesma medida. É ter silêncios com aquela amiga que os entende e os traduz e os devolve. É ter filhos bem formados, que sabem o significado dos valores, da moral e da ética. É ver raiar o sol, vê-lo despedir-se à noite nos teus tons rosa/salmão sobre o verde/azul do mar enquanto a lua espera esse adeus para vir iluminar as noites com ou sem estrelas. É sorrir, cantar, dançar. É ser livre. Livre de preconceitos, de tabus, de complexos. É dar. Dar sorrisos, dar abraços, dar carinho. Dar de nós.
Sou FELIZ, sim. Porque dou. Mas também porque me retribuem quanto dou.
NOTA: “O artigo aqui expresso é da exclusiva responsabilidade de quem o escreveu”