Opinião de quatro mirenses sobre a decisão presidencial de indigitar Passos Coelho

Um cidadão ligado ao PS (Francisco Reigota), um ligado ao PSD (Raul Almeida), outro ao MAR (José C. Garrucho) e ainda um outro ligado AGIR (António Veríssimo)… Da esquerda para a direita, passando pelo centro, quatro mirenses acederam em dar suas opiniões pessoais sobre a indigitação feita por Aníbal Cavaco Silva a Pedro Passos Coelho, para que este tente formar um Governo. Aqui estão, resumidamente, o que cada um deles disse ao Jornal Mira Online:

António Veríssimo:”Esta não é uma posição de esquerda ou de direita. Acho que qualquer presidente deveria escolher sempre uma maioria e não indigitar quem não a tem. Só nos faz perder tempo e dinheiro com a sua atitude”.

Raul Almeida: “Esta era uma decisão esperada. Foi indigitado o líder do maior partido da coligação, que venceu as eleições. Acredito no bom-senso do PS e, nomeadamente, do seu líder, António Costa, pois tanto o Bloco de Esquerda como o PCP não conseguem dar a estabilidade necessária para que um Governo consiga chegar ao fim do seu mandato, nem de se realizar o que é verdadeiramente necessário”.

José Carlos Garrucho: “O Presidente cumpriu a tradição. Mas, ao contrário das anteriores ocasiões, desta feita as condições não são, de forma alguma, as mesmas! Isto não é um campeonato, onde ganha quem chegar à frente. A pergunta que fica é a de quem suportará este novo Governo? É bem verdade que António Costa ainda não provou que um Governo seu, apoiado pelos partidos de esquerda dá garantias de estabilidade. Por isso, não tenho dúvidas que Passos Coelho acabará por cair mais dia, menos dia. Isto tudo aconteceu porque ninguém imaginava o PCP e o BE nesta posição! Por fim, acredito que… em Democracia há sempre soluções. É preciso que aconteçam negociações políticas credíveis…”.

Francisco Reigota: “Não tendo ouvido totalmente as palavras do sr. PR, parece-me que este esqueceu que é o presidente de todos os portugueses! Cavaco Silva continua ligado à militância partidária, pelos vistos. Acredito que se não lhe foi oferecida uma alternativa estável, fez bem em ter tomado a decisão que tomou. Porém, se não for aprovado o futuro programa de Governo, isto é sinal de que na Assembleia da República existe mesmo uma alternativa de esquerda! Por último, quero dizer que o Presidente da República não devia classificar os partidos como se fossem de primeira ou de segunda categorias. Critico veementemente suas palavras duras para com a alternativa que lhe foi apresentada!”