As operações na pedreira atingida pelo deslizamento de terras e pelo colapso do troço da estrada que liga Borba a Vila Viçosa estão a ser retomadas hoje de manhã depois de suspensas na terça-feira, segundo a Proteção Civil.
Em declarações à agência Lusa cerca das 07:30, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora, disse que as operações foram suspensas na terça-feira, destacando que as operações estiveram suspensas durante a noite.
“Durante a noite não houve desenvolvimentos. Hoje de manhã, o mais cedo possível, vão ser iniciadas as operações. Hoje as condições meteorológicas estão mais favoráveis do que na terça-feira, dia em que se registou chuva intensa e vento forte”, disse.
O deslizamento de um grande volume de terra e o colapso do troço da estrada entre Borba e Vila Viçosa, no distrito de Évora, para o interior de uma pedreira ocorreu na segunda-feira às 15:45.
Segundo as autoridades, o colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada terá arrastado para dentro da pedreira contígua, com cerca de 50 metros de profundidade, uma retroescavadora e duas viaturas civis, um automóvel e uma carrinha de caixa aberta.
Na terça-feira, o comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Évora, José Ribeiro, disse que um dos corpos foi retirado da pedreira perto das 14:50, da pedreira.
Para hoje de manhã está, segundo José Ribeiro, planeado o início das operações de drenagem da água das pedreiras onde ocorreu o deslizamento de terras e a tentativa de retirada do segundo corpo.
“É nosso objetivo às primeiras horas do dia iniciamos as operações de drenagem, utilizando as bombas e toda a capacidade instalada”, afirmou José Ribeiro, num encontro com jornalistas, no quartel dos bombeiros de Borba, distrito de Évora, onde fez o balanço da atividade operacional.
Desta forma, acrescentou o responsável, “com a drenagem dos dois planos de água das pedreiras”, a Proteção Civil acredita que terá “condições para operar e, essencialmente, fazer o reconhecimento com maior qualidade de todo o espaço”.
O Ministério Público instaurou, entretanto, “um inquérito para apurar as circunstâncias que rodearam a ocorrência”, referiu a Procuradoria-geral da República, em resposta enviada à agência Lusa.
Lusa