A Polícia Judiciária (PJ) revelou esta quarta-feira que desmantelou uma associação criminosa, que atuava no norte do país, por suspeita de vários crimes, incluindo fraude fiscal qualificada, branqueamento, e fraude contra a Segurança Social. O grupo de sociedades envolvidas terá lesado o Estado Português em cerca de dois milhões de euros.
A Operação APATE, como é denominada, visava o cumprimento de mandados de detenção e buscas “pela presumível prática de crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada, branqueamento, falsificação de documentos, burla tributária e fraude contra a Segurança Social”.
A operação levou à detenção de 11 empresários, sete homens e quatro mulheres, com idades compreendidas entre os 25 e os 55 anos, “fortemente indiciados pela prática dos referidos crimes”, segundo uma nota enviada pela PJ.
Foram ainda realizadas 40 buscas domiciliárias e não domiciliárias e “apreendidas várias viaturas automóveis, equipamentos informáticos e telemóveis, vasta documentação contabilística e fiscal a evidenciar relevância probatória”, detalha a PJ.
De acordo com o apurado pela Diretoria do Norte da PJ, em articulação com a Autoridade Tributária – Direção de Finanças do Porto, “o presumível líder desta associação criminosa” é proprietário de gabinetes de contabilidade e, entre 2016 e 2018, “manteve uma prática reiterada e constante de comportamentos tendentes à obtenção de benefícios fiscais indevidos para os seus clientes”, explica a PJ.
Na mesma nota, a Polícia Judiciária explica que a operação envolveu “cerca de 120 elementos, incluindo a participação de Magistrados Judiciais e do Ministério Público, investigadores da Diretoria do Norte e dos Departamentos de Braga e Aveiro da Polícia Judiciária e Inspetores Tributários da Direção de Finanças do Porto da Autoridade Tributária”.
Lusa