A localidade dos Carapelhos sofreu, em menos de duas semanas, o seu terceiro ataque por parte dos meliantes.
A noite de 24 para 25 de Outubro voltou a ser profícua, pelos piores motivos, para a história recente dos Carapelhos. Pela terceira vez, desde o dia da Tempestade Leslie, os amigos do alheio visitaram algumas casas do lugar. Desta vez, foram 3 (uma delas, desabitada, por ser de um emigrante no Canadá) mas, ao todo, segundo palavras do Presidente da Junta de Freguesia, Gabriel Pinho, “já foram mais de uma dúzia as habitações procuradas pelos “senhores” bandidos!”.
Sem papas na língua, como é o seu estilo, Gabriel Pinho deixa um rol de lamentações… e são dirigidas, especialmente à GNR local. “Já tive a oportunidade de falar isso ao Comandante da GNR de Mira: apelo a esta nobre instituição que não trabalhe somente no sentido de emitir multas”. Adianta ainda mais, em tom de desabafo, que “é inadmissível que nós todos, que pagamos os nossos impostos, não tenhamos o mínimo de segurança nas nossas terras e nas nossas residências. Confesso que não respondo por mim, caso tenha o “azar” de encontrar um destes ladrões que andam a atormentar a vida de quem só quer descansar ao fim do dia. Precisamos que, para além de virem ver os estacionamentos, também venham fazer rondas durante o dia e a noite, principalmente, para ver se conseguem apanhar estes homens”.
Tendo começado na região de Vagos (Fonte de Angeão, Ponte de Vagos e Gândara), estes assaltos que são, supostamente, perpetrados “por 3 ou 4 adultos”, passaram aos Carapelhos num ápice, tendo a localidade, como aqui fá foi escrito, por 3 vezes, sido abordada pelos larápios.
Somente o acaso tem impedido que haja ainda mais habitações atacadas, uma vez que, já por duas vezes a vizinhança acordou, o que acabou por afugentar os bandidos. Na noite de ontem, por exemplo, não levaram um automóvel para que com ele pudessem reunir e levar os bens roubados (que estavam guardados perto da sede da Confraria local) porque um vizinho ouviu barulho e foi ver se o “vizinho em frente estava a necessitar de algum tipo de ajuda”, uma vez que “não é normal aquela pessoa sair pela madrugada”.
Ainda não estão contabilizados os valores que foram roubados nestas visitas, bem como aqueles que foram recuperados. Este é um trabalho executado pelas autoridades competentes e ainda não quantificados, pelo que a reportagem conseguiu apurar.
O Jornal Mira Online está em condições de avançar que a PJ esteve novamente no local durante a tarde desta quinta-feira, bem como tentou contatar com o Comandante da GNR de Mira, não conseguindo, até ao momento, chegar a fala com esta autoridade “por não se encontrar no Posto”.
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