Observadores internacionais consideram justas e credíveis as eleições em Angola

Nas recomendações que deixaram, os observadores dizem que nas próximas eleições o registo dos eleitores deve passar a ser feito por um entidade independente e não com o Governo.

Os observadores internacionais, em conferência de imprensa registada pela repórter da TSF, Cristina Lai Men, confirmaram a tese de que as eleições gerais foram “justas”, mas deixaram várias recomendações, entre elas que o registo de eleitores passe a ser feito por uma entidade independente.

A Missão de Observação da União Africana às eleições gerais angolanas recomendou ainda medidas para garantir que todos os partidos políticos e candidatos têm acesso e cobertura equitativos nos meios públicos de comunicação social.

Quanto aos ex-presidentes de Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, convidados pelo presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, a observar as eleições, consideraram as eleições “pacíficas, livres, justas e transparentes”.

Numa declaração conjunta, Joaquim Chissano, Pedro Pires, Manuel Pinto da Costa e José Ramos Horta, apelaram ainda aos angolanos para que aguardem “com calma e serenidade” pelos resultados finais do escrutínio.

Conhecidos os resultados, o MPLA mantém-se como o partido mais votado, elegendo pelo menos 150 dos 220 parlamentares. A UNITA mantém-se como segunda força do país e a CASA-CE duplica o número de deputados, estabelecendo-se como a terceira força política em Angola.

A Comissão Eleitoral Nacional angolana confirma também que, na província de Luanda, a UNITA e a CASA-CE juntas ultrapassaram o partido que está no poder há 42 anos.

O MPLA vai continuar no poder, apesar de ter baixado a votação.

 

Fonte: TSF

Foto: Stephen Eisenhammer/Reuters

 

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