Após 19 anos no ar, em directo todos os dias, das 10h às 13h, a Praça da Alegria por fim implodiu. Após ter sido retirada ao centro de produção do Porto, da RTP, a morte estava anunciada à muito. Fez parte do quotidiano de muitas pessoas, reformadas, desempregadas, empregadas domésticas, e mostrou ao mundo o verdadeiro Portugal, tantas foram as reportagens e os convidados que ali foram expor um pouco do nosso Portugal Português. Infelizmente a busca incessante por sensacionalismos televisivos, a que a RTP pública, aquela que todos pagamos, devia estar alheia, leva a estes desfechos. Obrigado Sr. Alberto da Ponte, por mais esta machadada no serviço Público de televisão a que a RTP está Obrigada a prestar. Agradeço-lhe sabendo que estas minhas palavras, em si pouco o melindram, mas enquanto contribuinte, ainda que não sendo um assíduo espectador da Praça da Alegria, não posso negar o valor cultural, e de serviço público que prestou durantes estes 19 anos no Ar, e deixar de exigir ao Sr., que zele por esse dinheiro que lhe dou todos os meses.Se por um lado, deve a RTP modernizar-se, e procurar novos formatos de TV, para dar a qualidade que o público merece e exige, certamente que sim, por outro, deixar acabar um programa com a qualidade da Praça da Alegria, é, na minha humilde opinião, um cerrar de fileiras na procura de sensacionalismos, pois não vislumbro nada de tão nobre para aquele horário, quanto a Praça. Por último, presto a minha homenagem, a todos os profissionais, Ao Jorge Gabriel, à Tânia, ao João Baião, à Sónia Araújo, ao Hélder Reis, a toda a equipa de produção, que ao longo destes 19 anos, na sua maioria do centro de produção do Porto, que fizeram a praça da Alegria.

Carlos Fernando Rocha