Obra de arte em grande formato estreia-se no Convento São Francisco em Coimbra

06.06.2025 –

Dia 12 de junho, a cidade de Coimbra recebe a nova obra de José Maçãs de Carvalho, integrada no projeto Outdoor ’25, promovido pela P28 – Associação para o Desenvolvimento Criativo e Artístico. A apresentação acontece pelas 18h, na Avenida da Guarda Inglesa, nº1A, junto ao Convento São Francisco, com a presença da P28, do Presidente da Câmara Municipal de Coimbra e de alguns dos artistas participantes. A sessão inclui ainda uma conversa no Café-Concerto com os convidados.

O projeto Outdoor ’25 é uma mostra de arte pública que decorre simultaneamente em sete cidades portuguesas, ao longo de sete meses, com obras de sete artistas nacionais. As peças, de grande formato (8×3 metros), são exibidas em painéis publicitários urbanos, numa proposta que retira a arte das paredes dos museus para a integrar na paisagem citadina.

A proposta expositiva subverte a lógica tradicional das visitas a museus ou galerias: “não é o visitante que vai à exposição, é a exposição que se desloca até ao visitante”. Em Coimbra, a obra de José Maçãs de Carvalho ficará visível na empena do Convento São Francisco. Conhecido pelos seus trabalhos em fotografia, vídeo e instalação, o artista explora temas como a memória, o tempo e a linguagem visual. A obra agora exposta destaca-se pela tensão entre palavra escrita (manuscrita pelo próprio artista) e imagem, refletindo sobre a fragilidade da memória. “Esta peça pode ser encarada como um trabalho de memória para combater o esquecimento, porque ele é a doença da memória”, sublinha José Maçãs de Carvalho.

Além de Coimbra, Outdoor ’25 está presente em outras seis cidades, com obras de Cláudia R. Sampaio, Edson Chagas, Isabel Baraona, Isabel Simões, Luísa Cunha e Pedro Valdez Cardoso. Os artistas foram desafiados a trabalhar com arte pública de grande impacto visual, utilizando o formato outdoor como meio de comunicação com o grande público.

Criado em 2012, o projeto Outdoor já contou com nomes como Jorge Molder, Pedro Cabrita Reis ou Jeff Koons, mantendo como missão tornar a arte contemporânea acessível a todos, de forma gratuita e inesperada. “Pode acontecer que a pessoa só se aperceba daquela obra depois de ter passado naquele local três ou quatro vezes. Mas é esse tipo de contacto com o grande público – inesperado, invulgar e subversivo – que pretendemos alcançar”, afirma a Associação P28.

Imagens: Catarina Gralheiro (fotógrafa de Cantanhede)