O Governo caiu, como era previsto. Com mais ou menos acordo à esquerda e descontentamento generalizado à direita, o facto é que, agora, a decisão está nas mãos do Presidente da República.
Por ora, cabe-nos auscultar as opiniões de cada um. Por isso, o Jornal Mira Online contactou Raul Almeida, Francisco Reigota e José Carlos Garrucho para emitirem suas opiniões pessoais sobre este assunto de importância vital para o país e os seus cidadãos.
Raul Almeida assumiu sua “tristeza e apreensão em relação ao futuro do país”. Afirmou, ainda, que não compreende de onde virão “receitas para as muitíssimas medidas que são anunciadas constantemente na comunicação social”.
Para o edil mirense, é importante não perder de vista que “na política não vale tudo… é preciso que os políticos demonstrem seriedade, e o que está a acontecer não é, seguramente um ato de seriedade!”.
Ao contrário, Francisco Reigota preferiu enfatizar de que “era mais do que expectável tal desfecho desde que, durante o fim de semana, os portugueses ficaram a conhecer as propostas que estavam em cima da mesa”.
Ressalvando que acabou por acontecer uma “novidade” que há tempos não parecia possível: a esquerda uniu-se e conseguiu “apresentar uma proposta de alternativa, respeitando os compromissos assumidos internacionalmente”.
Reigota afirmou que “dentro de toda a irresponsabilidade que o PR tem tido, desta vez acredito que indigitará António Costa, já que colocou como fundamental, haver uma maioria parlamentar… que é o que agora acontece”.
Por fim, disse esperar que este “não seja um acordo para ser rasgado em meia dúzia de semanas, pois isto seria mal demais para o país”.
José Carlos Garrucho, mais distante das preferências partidárias dos antecessores preferiu centrar sua opinião no próximo passo de Cavaco Silva.
Para o vereador do MAR, “Cavaco Silva sabe bem que se não nomear António Costa e preferir outra opção, comprará guerra com o Parlamento”.
Assim como Francisco Reigota e Raul Almeida, José Carlos Garrucho também concordou na nomeação de Pedro Passos Coelho, mas assumiu que esta “novidade” que foi a união da esquerda mudou totalmente o panorama político português.
Quando questionado pela reportagem da “falta que podem fazer no Governo o BE e o PCP por opção própria, disse que “os partidos não estarão no Governo, mas eles estarão lá…”. “Se eu fosse António Costa convidava quem estivesse próximo destes partidos e colocava-os em lugares estratégicos como o setor do trabalho e o da segurança social”.