Moisés Filipe é um jovem youtuber que elabora vídeos que falam dos mais variadíssimos temas.
Decidi entrevistá-lo porque já acompanho o trabalho dele há algum tempo e acho importante divulgar o trabalho de jovens que têm sucesso graças à sua autonomia e a fazerem aquilo que gostam.
Nesta entrevista, Moisés fala-nos do que o motivou a fazer vídeos para o youtube e da experiência que é ser youtuber.
O que é que te motivou a começares a fazer vídeos para o youtube?
Nada de mais. Apenas curiosidade de tentar criar algum conteúdo. Aos poucos e poucos reparei que não só os meus amigos viam o que fazia, como também outras pessoas. Sem dúvida que isso foi espetacular.
Esperavas conseguir o impacto que provocaste nas pessoas?
Nunca! Fui fazendo o que queria e gostava ao meu ritmo e da maneira que queria e gostava. Várias pessoas acabaram por se enquadrar e gostar também ao longo do tempo e ainda fico parvo com o alcance dos vídeos.
Qual é a melhor parte em ser youtuber?
Para além de saber que os meus vídeos podem entreter muitas pessoas ao fim do dia, o melhor mesmo é saber que causo algum impacto de uma maneira não negativa. Talvez nem positiva. Mas causo o meu impacto, com os meus pontos de vista que, talvez, sejam os de quem me vê. E claro, descaio muito para o humor com o que digo e faço e é sempre muito bom saber que houve quem se risse com isto.
O que é mais difícil de fazer quando gravas um vídeo?
Depende. Às vezes o conteúdo dá umas dores de cabeça. Arranjar uma maneira diferente e talvez engraçada de expor o que quero dizer não é assim tão fácil em algumas das vezes. Outras é só mesmo o facto de ter de montar tudo e passar umas horas a editar. Mas lá está, o bom disto é não ter de cumprir horários, apesar de gostar de colocar os meus vídeos só à sexta-feira por volta das 20:30h, por isso não tenho muita pressão. Não gosto de fazer as coisas contrariado e até acho que se gravar quando me apetece, as coisas são mais naturais e não tão mecânicas.
Sobre que temas incides para fazeres os teus vídeos? E de onde surgem os temas que selecionas?
Não há um grupo específico. Posso falar de coisas que vi, li, ouvi ou até mesmo que me aconteceram. E varia bastante. Pode ir de praia a pedofilia ou de família a transexuais.
Com que youtubers mais te identificas?
É capaz de ser estranho não me identificar com nenhum, mas é verdade. Não estou a dar a entender que o que faço é a coisa mais original da internet, nada disso, mas de todo o meu leque de personagens da internet que gosto e admiro, nenhuma faz o que faço ou é como eu sou.
Em média, quanto tempo levas até teres um vídeo completamente pronto a publicar?
Gosto e esforço-me para colocar um por semana, à sexta-feira. Por isso tenho 6 dias para escrever sobre os temas, gravar e editar. Às vezes demoro mais tempo a escrever, outras demoro mais tempo a editar. Filmar é que é, regra geral, mais rápido.
Até hoje qual foi o vídeo que te deu mais gosto fazer?
Difícil escolher. Acho que gostei de todos de igual maneira. Mas devo salientar o que fiz com o BP. Foi brutal e passámos a tarde inteira a rir.
É fácil conciliar todo o trabalho que um canal do youtube exige com as tuas obrigações enquanto estudante?
Não é fácil, mas também não é difícil. Há que saber organizar as coisas e por vezes tem-se que colocar o ensino em primeiro lugar. Neste último ano trabalhei enquanto terminava uma disciplina, por isso foi um pouco mais difícil ter tempo para gravar com a frequência que gostava. Mas mesmo assim, não sendo impossível, dá para ir fazendo tudo.
Por fim, como tens vivido a experiência de ser youtuber, isto é, o que é que o youtube mudou na tua vida?
Já nem me lembro o que mudou. Faço isto há tanto tempo que quase nem me lembro da minha personalidade antes de fazer vídeos. De certeza que me tirou um pouco da casca, sempre fui uma criança tímida. Ainda sou um pouco dos dois, admito. Mas creio que o impacto positivo foi estrondoso.
Terminada a entrevista resta-me agradecer ao Moisés pela disponibilidade em responder às minhas questões. Foi um prazer poder entrevista-lo!
Por Cátia Sofia Barbosa, aluna de Jornalismo da UC