11.8.2024 –
Se Nuno Pedreiro pudesse pintar os muitos amigos que estiveram presentes na apresentação do livro alusivo aos 30 anos da sua carreira, certamente realizaria um belo quadro…
Com uma mesa de honra composta por Silvério Manata (autor de 8 obras e merecedor de vários prémios literários), Artur Fresco (Presidente da Câmara Municipal de Mira), Nuno Pedreiro, Fernando Mendes e João Malheiro (ambos, os verdadeiros abridores de portas que impulsionaram a carreira do pintor) e Manuel Cidalino, cujas provas dadas ao longo da carreira pela Gândara falam por si, para além da arte musical de Manuel Ribeiro que tocou quatro peças muito aplaudidas e apreciadas por todos, a tarde foi muito bem passada no Salão dos Carapelhos, localidade, também ela, umbilicalmente ligada a cultura e a gastronomia.
Num ambiente perfeitamente “informal” dentro de toda a formalidade que tal ato exige, as presenças mediáticas de Fernando Mendes ou João Malheiro bem podiam ter roubado a cena mas, como disse o autarca mirense, “eles é que quiseram dar a honra ao Nuno Perdreiro com as suas presenças”.
Ao descreverem diversas passagens marcantes – e engraçadas, pois claro – dos tempos iniciais da carreira do homenageado da tarde, a informalidade encontrou espaço, os sorrisos apareceram e a celebração se fez na plenitude, contando com as palavras de Carla Santos, Presidente da Junta de Freguesia dos Carapelhos e Elio Janicas, Grão-Mestre da Confraria Nabos e Companhia, entidade que é um ex-libris divulgador da cutura e gastronomia gandaresas, um pouco por todo o lado… para além das presenças, por exemplo de Fernando Regateiro, Pedro Cardoso ou Tino de Rãs, que fizeram questão de estar presentes e dar um abraço ao amigo e artista.
Momento marcante, este! Bastava ouvir as palavras de Nuno Pedreiro para confirmar-se – se é que fosse necessário – que o Nuno nunca muda, nem nas dificuldades, nem nos êxitos.
Homem dos seus, daqueles que não esquecem “os presentes e os que já não estão entre nós”, a lista de agradecimentos foi comprida porque o artrista do “Preço Certo” é, antes de mais, o Ser Humano do “Apreço Certo”.
Talento, humildade, não esmorecer nas inúmeras dificuldades, nem deslumbrar-se perantre o êxito: eis a receita de um homem que nasceu “Pedreiro” de nome, mas cujo talento transformou-o em “Desenhista” e “Pintor” de profissão!
Um predestinado, esse homem que se fez rapaz entre a (antiga) atraente Venezuela e uma pacata aldeia de nome Lentisqueira, que vai dando talentos ao mundo, como quem nada quer…
Jornal Mira Online