Assistiu a final da Champions, onde Courtois defendeu tudo? Em Portomar aconteceu quase o mesmo: o GR do Santa Clara fez vários milagres e segurou o empate.
Chama-se Bruno Correia e é o GR do Santa Clara, líder da Taça de Encerramento da AFC. Fez defesas do outro mundo e não permitiu ao desfalcado Domus Nostra que conseguisse vencer um encontro em que a equipa da casa esteve por cima durante 38 dos 40 minutos do encontro.
Sem pretender deslustrar a campanha da equipa conimbricense, é preciso dizer que a atuação enormíssima de Bruno Correia garantiu um ponto aos visitantes que, a bem da verdade, não mereceram. Acontece a todos (já aconteceu ao Domus) fazer um jogo bastante abaixo das próprias expectativas e, mesmo assim, não sair derrotado… ontem foi a vez do Santa Clara!
A verdade é que faltou algum discernimento para os homens de Henrique Oliveira na hora da decisão, mas os de Portomar tiveram o mérito de, mesmo apanhados a perder aos 6 minutos e encontrarem pela frente uma defesa bem organizada – para não voltarmos a falar do GR – não terem desistido de sair do campo de jogo, pelo menos com um ponto!
O Santa Clara vale mais, bastante mais do que mostrou mas, também teve o mérito de saber fechar-se e procurar – mesmo que por pouquíssimas vezes – a baliza adversária.
O pior, mesmo, foi a parte final do encontro (que só servia para cumprir calendário e honrar os distintivos e camisolas), onde a dupla de arbitragem resolveu perder o controlo de um jogo que estava a ser demasiado fácil de ser arbitrado.
Até o experimentado Pedro Nascimento perdeu-se por conta de Diogo Neves que, como segundo árbitro esteve muito abaixo do esperado. Não viu um panalty claríssimo – para a sua sorte, o Domus empatou 30 segundos depois – e, naquele momento perdeu-se completamente: Erros atrás de erros, cartões bem e mal mostrados e, uma inútil tentativa de recuperar a autoridade…
A cereja no topo do bolo veio exatamente no último segundo do jogo e foi colocada pelo árbitro principal. Sabedor da sucessão de erros anteriores do seu colega, acabou por, também ele, não ver a sexta falta do Domus Nostra, que daria em livre direto e poderia ditar, quiça, a derrota da equipa caseira.
Ironia das ironias: depois de ver escamoteado um penalty de bradar aos céus, o Domus acabou por ser beneficiado no último segundo e isso voltou a mostrar que a arbitragem de Coimbra, quer seja em futsal ou em futebol de campo, é uma verdadeira espinha atravessada na garganta de qualquer adepto… é má demais para ser verdade!
DOMUS: JORGE, AZEITEIRO, TOMÁS, LEONARDO, ZEZITO (C), MIGUEL CRUZ, DIOGO, PEDRO MARQUES, DANIEL CAMPOLARGO, DAVID MIRANDA, HENRIQUE PREGUIÇA e PACHECO.
TREINADOR. HENRIQUE OLIVEIRA
SANTA CLARA: BRUNO CORREIA, CARLITOS, TIAGO GUEDES, JOÃO AMADO, NUNO CHINA, JORGE SIMÃO, RÚBEN, ALEXANDRE, COELHO, TIAGO (C), RAFA e MORTALHA.
TREINADOR: CARLOS PESTANA
ARBITRAGEM: PEDRO NASCIMENTO (NOTA 3), DIOGO NEVES (1), CRONOMETRISTA: ANTÓNIO MARQUES
ADMOESTAÇÕES: LEONARDO, DANIEL CAMPOLARGO, DAVID MIRANDA, HENRIQUE PREGUIÇA, PACHECO, RÚBEN (AMARELOS)
MARCADORES: 0X1 (6 MIN) – TIAGO GUEDES; 1X1 (34 MIN) DANIEL CAMPOLARGO
POSITIVO:
- BRUNO CORREIA, NUNO CHINA, DANIEL CAMPOLARGO E PACHECO
NEGATIVO:
- POUCO PÚBLICO e, claro está, ARBITRAGEM NA PARTE FINAL DO ENCONTRO.