O aeroporto Cristiano Ronaldo e o “complexo dos portugueses”

O governo da Madeira considera que dar o nome Cristiano Ronaldo ao aeroporto “é mais do que justo” e homenagear apenas os mortos é um apenas uma ideia do antigamente.

Sem complexos. É assim que vai ser atribuído o nome de Cristiano Ronaldo ao Aeroporto da Madeira mas quem defender que homenagens deste tipo só devem ocorrer depois da morte já está ultrapassado. A convicção é do Secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura que fala na existência de um complexo nacional”, ou melhor dizendo, um complexo dos portugueses do continente.

“As pessoas têm de acordar, perceber que o mundo não se resume aos complexos portugueses (…). Nós aqui não pensamos assim não temos qualquer receio” até porque Cristiano “já deu mais ao país do que aquilo o país lhe deu, o país tem uma dívida de gratidão gigante ao Cristiano Ronaldo e nós estamos a fazer essa justiça aqui e não há espaço para este tipo de discussão”, afirma.

Eduardo Jesus garante que a Madeira não tem “qualquer tipo de reserva mental em relação à atribuição do nome de Cristiano Ronaldo ao aeroporto” mas “respeita as opiniões diferentes e vive muito bem com opiniões contrárias”.

O governante regional diz que Cristiano Ronaldo ficou muito lisonjeado quando foi confrontado com a intenção do executivo de Miguel Albuquerque e garante que não há nenhuma contrapartida, “quando se faz uma homenagem não se pede nada em troca”.

Eduardo Jesus acredita que a região vai sair a ganhar, “é natural que desperte mais interesse, que marque maior presença no exterior e como consequência possa haver mais negócio” ainda assim não seria correto “quantificar a causa efeito”.

O governante regional lembra que Cristiano Ronaldo “é a pessoa mais famosa do mundo, que cada vez que publica qualquer coisa da Madeira sente-se imediatamente um reflexo e por isso é natural que haja um crescimento muito grande da notoriedade” do arquipélago.

O Secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura lembra que o aeroporto “é uma infraestrutura da região, está concessionada, no fim da concessão volta a ser da região”. Assim, de forma descomplexada.

Fonte: TSF

Foto:  Wikimedia Commons