NUNO CAMARNEIRO: ESCRITOR PREMIADO TEVE PÚBLICO INTERESSADO!

Na noite desta quinta-feira, a Biblioteca Municipal de Mira recebeu a presença de um jovem autor, porém,  já com um estatuto importante no atual panorama editorial português: Nuno Camarneiro.
Nascido na Figueira da Foz a 17 de Agosto de 1977, embrenhou-se nos meandros da literatura apenas por volta de 1999. Não é que não gostasse de ler ou escrever… pelo contrário! Confessa-se um leitor “de primeira linha”, mas a atividade académica e científica sempre foram o “seu caminho”.
Físico, já trabalhou no CERNE (Organização Europeia para a Investigação Nuclear), na Suiça. Já esteve a trabalho em Itália, também. Mas, por cá, esteve ligado a grupos culturais, o que mostra o seu “outro lado”: o artístico.
Foi este o mote para um amplo debate feito na sala bem recheada de pessoas, ansiosas por ouvir o que ele tinha a dizer. Quando lhe perguntam a barreira que separa o cientista do escritor, a resposta vem logo: Para ele, enquanto o seu “lado cientista” é mais objetivo, o “lado escritor” tenta “conhecer melhor todos nós”.
A sua área é a prosa. É um romancista por natureza – foi com “Debaixo de algum céu” que ganhou o prestigiadíssimo Prémio LeYa em 2012 – e tem projetos novos que devem começar a sair para o grande público ainda este ano. Por ora, vai divulgando o seu primeiro livro “No meu peito não cabem pássaros”, que tem recebido muito boa aceitação do público…
Nuno Camarneiro, quando instado a falar como se “movem as suas personagens” disse que – por vezes – “alguém” que possuía um determinado peso na sua elaboração da história, pode acabar por se tornar uma personagem crucial e central da trama… são coisas que fogem um pouco ao controlo do escritor!
Por fim, Nuno Camarneiro conheceu um pouco da cultura mirense: ouviu pequenos poemas de sua autoria serem recitados e também teve tempo de ouvir duas pequenas apresentações musicais de dois mestres da música amadora local.
Ao JORNAL MIRA ONLINE mostrou-se muito agradado pelo tempo ali passado.
Mira soube receber com a dignidade que lhe é peculiar, um artista que, com simplicidade e simpatia, soube cativar e retribuir os momentos que lhe foram proporcionados…
Foi mais uma noite para guardar na memória de quem aprecia a escrita!
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