Novo festival leva músicas do mundo, tradição e jazz ao Mosteiro da Batalha

Isabel Silvestre, Sete Lágrimas, Guitolão ou Natalia Juskiewicz são alguns dos convidados para a edição de estreia do festival Artes à Vila que de sexta-feira a domingo leva concertos, oficinas e ‘street food’ ao Mosteiro da Batalha e zona envolvente.

O destaque é a possibilidade de assistir a concertos no Claustro Real e nas Capelas Imperfeitas do monumento Património da Humanidade da UNESCO, mas o festival quer ganhar raízes e transbordar o mosteiro, estendendo a oferta à vila da Batalha.

“Não é um evento para milhares de pessoas, como outros festivais. Concretamente, os concertos cá dentro são muito reservados e intimistas”, sublinha o diretor do Mosteiro da Batalha, que entende que o festival vai proporcionar “momentos culturalmente intensos” e chegar “a muitos públicos”.

Joaquim Ruivo considera este “um dos pontos mais altos da programação deste ano”, pela “riqueza das participações” e pela “relação com a comunidade”.

Com quase meio milhão de visitantes por ano, o Mosteiro da Batalha é sobretudo procurado por estrangeiros: 80% das entradas chegam de fora de Portugal.

O Artes à Vila é uma tentativa de atrair a comunidade local e nacional, explica Eduardo Jordão, da produtora Seiva Bruta, que, com a Direção-Geral do Património Cultural, município da Batalha e Associação Cultural Batalha pela Cultura, organiza o festival.

“Se a comunidade local se envolver e aceitar este evento como dela, todos vamos receber muito melhor a comunidade que vier de fora, desde a do turismo cultural nacional, mas também os estrangeiros”.

A organização ambiciona crescer ano após ano e, utilizando o Mosteiro da Batalha como “postal”, procurar que Artes à Vila entre na “roda dos festivais internacionais”.

“Este festival tem um potencial enorme e esta primeira edição está a ser preparada há quase um ano para ter bases sólidas. O cartaz é diferenciador, tem uma política de cultura aberta para todos, para as famílias, a pensar no turismo nacional e internacional. Tem tudo para crescer”, sublinha Eduardo Jordão.

O programa é “diferenciador” e vai da ‘world music’ ao jazz, passando pela música tradicional portuguesa e música antiga.

“É uma oportunidade privilegiada para celebrar a música e o património, no Ano Europeu do Património Cultural”, resume o organizador.

A entrada é livre, mas os lugares são limitados a 500 espetadores no Claustro Real e 300 nas Capelas Imperfeitas. O festival começa na sextaFeira, ao final da tarde, com espetáculo multimédia, e concertos de Kabeção, Projeto Geo, Guitolão e cavaquinho de Daniel Pereira Cristo, além de uma visita noturna ao monumento.

No sábado, há muitas atividades para as famílias e concertos de Desidério Lázaro, Sete Lágrimas, Isabel Silvestre e Quarteto Khayalan, entre outros.

Artes à Vila termina no domingo com desenho, dança, baile e música de If Dog Could Sing e da violinista Natalia Juskiewicz.

Lusa