O abandono de animais terá aumentado desde o início da pandemia. Não há dados globais oficiais, mas são várias as associações a registar a tendência. As razões são sobretudo socio-económicas, mas aos abrigos chegam também animais que pertenciam a pessoas que morreram de Covid-19 ou cães que foram adoptados apenas por serem um salvo conduto para uma saída à rua em tempo de confinamento.
Em França, o parlamento aprovou uma lei que proíbe a venda de cães e gatos em lojas de rua a partir de 2024 e permite que apenas criadores ou abrigos possam vender online animais de companhia.
Nos processos de adopção, há agora um questionário sobre os hábitos de vida a preencher pelos potenciais adoptantes.
Jocelyne tem 77 anos, está reformada e procura um gato para lhe fazer companhia. Diz que está habituada a tratar dos gatos de duas vizinhas e que sabe que estas podem fazer o mesmo pelo dela, se for preciso. É um argumento que apresenta na candidatura que preenche.