NO LUXEMBURGO AS CRIANÇAS NÃO PODEM FALAR PORTUGUÊS

Creches e “ateliers” de tempos livres públicos no Luxemburgo estão a punir crianças que falem português, uma decisão se estende aos funcionários imigrantes no país.

“Foi-nos dito que não podíamos falar português com os miúdos e que eles também não podiam falar português entre eles, é uma regra da casa”, diz uma funcionária portuguesa de um estabelecimento público em Esch-sur-Alzette.

A direção do estabelecimento onde trabalha, que inclui uma creche, proíbe expressamente os educadores e auxiliares portugueses de falarem com as crianças na sua língua materna, uma proibição que se estende também às conversas entre os menores, quase todos de origem portuguesa.

As línguas autorizadas neste ATL onde as crianças passam entre “quatro a seis horas por dia”, fora do horário escolar, estão indicadas num painel “feito em conjunto” com os menores no início do ano, e limitam-se aos três idiomas oficiais do país: francês, luxemburguês e alemão.

Este não é o único estabelecimento no Luxemburgo onde vigora a proibição de falar português.

Em Rodange, também no sul do país, a interdição aplica-se nos infantários e na escola primária, disse à Lusa Manuel Santos, com um filho de sete anos.

No mês passado, a criança foi castigada com trabalhos de casa suplementares por ter falado em português com um colega, durante uma visita da turma do 2º ano da escola primária de Rodange à capital, para ver um concerto de música clássica.

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