Município de Oslo restringe utilização de trotinetes elétricas

O município de Oslo adotou hoje uma série de restrições às trotinetes elétricas, que incluem limitação de quantidades e proibição do uso à noite, a fim de limitar os transtornos e acidentes que podem causar.

De mais de 20.000 para 8.000, o número de trotinetes de utilização livre vai ser consideravelmente reduzido a partir de setembro na capital norueguesa, onde a densidade desses veículos é hoje uma das mais elevadas na Europa.

Para prevenir acidentes que muitas vezes acontecem à noite devido à embriaguez, a utilização vai ser interdita entre as 23:00 e as 05:00 durante a semana e aos fins de semana.

Essas são as duas principais medidas propostas hoje pelo município de Oslo.

“Para muitos, especialmente os cegos, deficientes visuais, utilizadores de cadeiras de rodas e idosos, a situação é insustentável na nossa cidade”, afirmou o vereador responsável pelo ambiente e transportes, Sirin Stav, em comunicado.

Os médicos noruegueses ficaram alarmados na semana passada com o aumento do número de acidentes relacionados com trotinetes elétricas: 856 feridos em Oslo desde o início do ano, dos quais 57% em incidentes ocorridos entre as 23:00 e as 05:00.

Os profissionais de saúde solicitaram a suspensão desse serviço durante a noite, estimando que poderia prevenir entre 300 a 400 desses acidentes só durante o período de verão.

Nas estatísticas de acidentes, vemos que há um risco muito alto de lesões graves ao utilizar trotinetes elétricas à noite”, disse Stav.

O município vai também definir requisitos sobre os locais onde esses dispositivos podem ser utilizados, acrescentou o vereador do partido ecologista.

Entre as cerca de uma dúzia de operadores privadas ativas em Oslo, algumas já estão a impedir o aluguer noturno das trotinetes.

Outra, a Voi, reduziu a velocidade máxima durante essas horas do dia e configurou um teste de recetividade dos utilizadores ao fim de semana.

As 8.000 trotinetes elétricas autorizadas vão ser distribuídas entre as diversas operadoras que as solicitarem.

Lusa