A redução da dívida e do passivo, o aumento da poupança e o pagamento da totalidade das faturas recebidas até 31 de dezembro de 2017 são os dados mais relevantes do Relatório de Gestão do Município de Cantanhede que o executivo camarário liderado por Helena Teodósio aprovou ontem, 3 de abril, com cinco votos a favor e uma abstenção. Na apreciação ao documento, a presidente da Câmara Municipal enfatiza o significado daqueles indicadores, destacando a “evolução positiva das contas da autarquia e a sustentabilidade das opções que têm pautado a sua atividade”.
A redução da dívida de médio e longo prazo situou-se nos 3.480.295 euros, um decréscimo de mais 24,5% que em 2016, enquanto a de curto prazo baixou 531.338 euros, ou seja, mais 11,32% relativamente ao exercício anterior. “Estes resultados e a diminuição do passivo em 4.818.348 euros mostram bem a assertividade da gestão camarária e o alcance do esforço de consolidação financeira que a autarquia empreendeu no último ano”, sublinha Helena Teodósio.
Outro dado a que a autarca releva é a poupança, que “corresponde a 6.825.250 euros libertados da receita corrente e canalizados para financiamento de despesas de capital, ou seja, para investimento, valor que representa, relativamente a 2016, uma variação positiva de 5,59%, confirmando assim a melhoria da eficiência na gestão das operações no âmbito de um efetivo controlo orçamental da despesa”.
Por outro lado, a Câmara Municipal encerrou as contas de 2017 sem dívidas a fornecedores e com todas as faturas de empreiteiros entradas até 31 de Dezembro liquidadas, o que, “além de ilustrar bem uma disponibilidade de tesouraria muito favorável, ajuda a explicar os 24 dias de prazo médio de pagamento aos fornecedores, menos quatro do que em 2016”, refere a líder do executivo camarário.
Adiantando ainda que os resultados líquidos do exercício ascenderam a 2.735.089.27 euros e que o saldo de gerência transitado para 2018 se cifrou em 303.319 euros, Helena Teodósio perspetiva o futuro “com confiança na execução de um programa que serve o interesse coletivo e que oferece garantias de que serão dados mais alguns passos no processo de desenvolvimento económico e social do concelho. Temos uma agenda ambiciosa para os próximos anos, de acordo com um planeamento que visa a maximização dos benefícios económicos, sociais e culturais numa lógica de sustentabilidade”.
Segundo a autarca, “o objetivo é avançar com a modernização das infraestruturas e dos equipamentos coletivos, melhorando continuamente os fatores que concorrem para a valorização da base económica e do tecido social, no âmbito de uma estratégia em que não será nunca descurada a consolidação financeira da autarquia”.
Na introdução ao Relatório de Gestão de 2017, a presidente da Câmara Municipal considera que o documento “permite perceber o grau de concretização dos objetivos previamente enunciados, aquilatando até que ponto os recursos usados para esse efeito foram os previstos, mas também para perspetivar de que modo o desempenho anual está alinhado com as orientações estratégicas de carácter estrutural. Além de dar resposta cabal às exigências dos normativos legais que regulam a sua elaboração, obedecendo a critérios de rigor, transparência, clareza e objetividade da informação, houve o cuidado de apresentar os dados com o devido enquadramento dos conceitos aplicáveis, de modo a facilitar a sua interpretação”, sublinha.