Um estudo sobre a igualdade de géneros revelou que o fim da discrepância salarial entre mulheres e homens poderá demorar 118 anos. Portugal encontra-se na 39.º posição do “ranking”.
Se a desigualdade salarial continuar a avançar da mesma forma que se tem sentido de ano para ano, poderá demorar 118 anos para que as mulheres recebam os mesmos salários que os homens quando ocupam cargos semelhantes, diz a World Economic Forum, no documento “The Global Gender Gap Index 2015” (Índice Global de Diferença de Géneros).
O estudo comparou dados relativos a quatro fatores diferentes: salários e oportunidades de carreira; nível de educação; saúde e sobrevivência; e poderes políticos. O objetivo foi entender a magnitude das disparidades entre géneros e acompanhar o seu progresso.
Portugal encontra-se em 39.º lugar da lista de 145 países, mesmo atrás da Costa Rica e à logo frente de Bahamas.
A Islândia ocupa o primeiro lugar da tabela, seguida da Noruega e da Finlândia. A fechar o “top 5” encontra-se a Suécia e a Irlanda. A Alemanha encontra-se em 11.º lugar, França em 15.º, o Reino Unido em 18.º, a Espanha em 25.º e os EUA em 28.º.
No fundo da tabela encontram-se a Síria, o Paquistão e o Iémen.
Portugal apresenta piores resultados a nível da política, onde as mulheres ainda não têm uma representação no mesmo número que os homens: existem mais homens do que mulheres no Parlamento, assim como existem mais ministros do que ministras.
Já na saúde e na educação, as portuguesas recebem um tratamento igual ao dos homens.
Dos 145 países analisados, existem 25 onde há igualdade de tratamento de géneros no que diz respeito à educação e 40 onde os valores relativos à saúde também são iguais.
Este estudo foi implementado em 2006, abrangendo inicialmente 115 países. Nesse ano, Portugal ocupou a 33.ª posição.
Fonte JN