22 arguidos acusados de crimes de homicídio qualificado, na forma consumada e tentada, participação em rixa, dano com violência e omissão de auxílio
O Ministério Público acusou o adepto do Benfica que atropelou um adepto italiano, em abril, de homicídio qualificado. Marco Ficini, de 41 anos, um italiano adepto da Fiorentina e fã do Sporting que estava em Portugal para assistir ao dérbi entre Sporting e Benfica, morreu na madrugada do dia do jogo entre o Benfica e o Sporting.
O principal arguido é Luís Pina, de 35 anos e com ligações à claque do Benfica ‘No Name Boys’, mas o Ministério Público acusou 22 arguidos de homicídio, de participação em rixa, de dano com violência e de omissão de auxílio, crimes cometidos junto ao Estádio da Luz, em Lisboa, aquando da morte de Ficini.
Luís Pina entregou-se à Polícia Judiciária a 27 de abril, alguns dias após o atropelamento mortal, acompanhado pelo seu advogado. Está em prisão preventiva desde 29 de abril.
“No essencial está indiciado que, no dia 24.04.2017, durante a madrugada, sendo esse dia de jogo entre os clubes do Sporting Clube de Portugal e o Sport Lisboa e Benfica, nas imediações do Estádio de José de Alvalade e a Rua Padre Cruz, um grupo de adeptos benfiquistas confrontou-se com um grupo de adeptos sportinguistas”, refere uma nota publicada hoje na página da internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).
“Durante os confrontos e perseguições desencadeadas, um dos arguidos, adepto de um clube, embateu com o seu veículo e passou por cima do corpo da vítima, adepto de outro clube, provocando-lhe lesões que foram causa direta e necessária da sua morte, tendo abandonado o local sem lhe prestar qualquer auxílio”, acrescenta a PGDL.
DN / Lusa