Os motoristas de matérias perigosas chegaram esta terça-feira a acordo com os patrões, nomeadamente a nível de aumentos salariais para os trabalhadores. O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) considera que o documento acordado entre ambas as partes e cuja assinatura deverá acontecer ainda este mês é “histórico”.
Francisco São Bento, presidente do SNMMP afirmou à RTP que o acordo está “dentro das expetativas”.
“Os trabalhadores que estiveram em luta (…) com todo o mérito, conseguiram estas conquistas que estão em cima da mesa e que foram hoje acordadas para 2020”, declarou.
“O resultado da negociação traduz-se num CCTV (Contrato Coletivo de Trabalho Vertical) com nova estrutura, que contém uma parte geral e que autonomiza os capítulos referentes ao transporte nacional, outro ao internacional/ibérico e outro sobre as matérias perigosas”, indicou a Fectrans.
De acordo com esta estrutura, foi possível, através da alteração da redação e da clarificação de diversas cláusulas, “evoluir em diversas matérias”.
Entre estes pontos inclui-se a definição de limites nos tempos de trabalho.
“Fica claro que todo o tempo, incluindo o de disponibilidade, é pago. Da aplicação deste CCTV não pode resultar uma diminuição da retribuição líquida do trabalhador”, lê-se no comunicado.
“Para 2020 teremos um acordo coletivo de trabalho que, por um lado, trará melhores condições de trabalho para os trabalhadores e, por outro, fará com que todas as empresas tenham um mercado mais regulado”, considerou.