O músico português Pedro Gonçalves, dos Dead Combo, morreu este sábado, em Lisboa, aos 51 anos, disse à agência Lusa o agente do grupo, José Morais.
O contrabaixista morreu em casa, em consequência de doença prolongada.
O agravamento do estado de saúde de Pedro Gonçalves já tinha obrigado ao cancelamento dos concertos que a banda tinha agendados até ao final do ano, numa digressão de despedida.
A decisão de cancelamento tinha sido divulgada em comunicado nas redes sociais. À Lusa, José Morais, da Produtores Associados, explicou que os Dead Combo tinham 15 concertos marcados em novembro e dezembro, todos cancelados.
Em dezembro estava prevista passagem pelo Porto, Montemor-o-Novo, Marco Canaveses e duas datas em Setúbal. A digressão terminaria nos dias 20 e 21 de dezembro no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa.
O guitarrista Tó Trips e o contrabaixista Pedro Gonçalves anunciaram a 1 de outubro de 2019 que os Dead Combo iriam acabar, não sem antes fazerem “um passeio pela [sua] história”, numa digressão pelo país que se estenderia por 2020.
“Decidimos acabar, mas acabar em grande. Não é um final triste, há muita coisa para ser celebrada. De uma forma concreta, acabamos como começámos: os dois. Voltamos aos palcos com uma ‘tour’, num passeio pela nossa história”, afirmavam em 2019.
Muitos dos concertos de despedida foram afetados pela pandemia da covid-19 e remarcados para outras datas, nomeadamente as que se realizariam em novembro e dezembro.
Os Dead Combo surgiram em 2003, com Pedro Gonçalves e Tó Trips a criarem composições instrumentais marcadas pelo rock, pelos blues, pela tradição da música portuguesa e com influências que se estendem a África e à América Latina.
Fonte: Sapo