Morreu o ex-ministro, Jorge Coelho, vítima de um acidente de viação. O antigo político e comentador do programa Quadratura do Círculo e Circulatura do Quadrado da TSF tinha 67 anos.
A informação foi confirmada pelo Partido Socialista. Em comunicado, o partido indica que António Costa, Secretário-geral do PS, irá fazer uma declaração às 19h45.
Em 1992, com Guterres na liderança do PS, Jorge Coelho foi secretário nacional para a organização, contribuindo para a vitória eleitoral dos socialistas nas legislativas de outubro de 1995.
Jorge Coelho tomou posse como ministro-adjunto do Executivo de António Guterres e, na remodelação de 25 de novembro de 1997, acumulou o cargo de Ministro-Adjunto com o de Ministro da Administração Interna.
Em 2001, demitiu-se do Governo na sequência da tragédia de Entre-os-Rios, tendo sido substituído por Eduardo Ferro Rodrigues.
Marcelo recorda “amigo”
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou Jorge Coelho como um “amigo, governante, parlamentar, conselheiro de Estado, dirigente partidário, analista político e gestor empresarial”.
Em “choque” e em direto na SIC Notícias, o chefe de Estado destaca os 30 anos de vida pública de Jorge Coelho, a quem reconhece “um estilo muito próprio, feito de intuição e de antecipação rápida das correntes da opinião pública”.
O antigo ministro socialista tinha “um espírito combativo e às vezes polémico”, mas Marcelo Rebelo de Sousa destacou-o também como muito afável e capaz de criar “laços pessoais” que ultrapassavam o seu partido e o seu quadrante.
“Não tenho exercido a liderança partidária – a que sempre fugiu – esteve tão próximo dos centros de poder que influenciou sempre a vida do país”, destaca o Presidente da República.
Recordando o desastre de Entre-os-Rios, Marcelo Rebelo de Sousa destaca que Jorge Coelho fez “aquilo que é muito raro em sociedades democráticas e, nomeadamente, na portuguesa: assumiu, em plenitude, a responsabilidade política e administrativa por tudo o que se tinha passado, em cima do acontecimento, e sem uma dúvida”.
Guilherme de Sousa e Gonçalo Teles / TSF