Montemor-o-Velho procura renegociar dívida que pode ser de 34 milhões

Na reunião ordinária do executivo montemorense de 15 de Setembro foi apresentado o Estudo de Análise da Situação Financeira do Município, feito pela Deloitte Consultores, S.A..

O presidente da Câmara, Emílio Torrão, avançou que perante as dificuldades “é imperativo renegociar a dívida com as instituições bancárias”, impedindo assim “o recurso ao FAM – Fundo de Apoio Municipal e arcar com todas as suas consequências”.

Recorde-se que dívida, à data de 31 Outubro de 2013 – momento até ao qual incidiu o estudo da Deloitte – era de 29 milhões e que poderia ser acrescida de 5 milhões em contingentes – por exemplo despesas não mencionadas na contabilidade da autarquia, contencioso ou obras em curso.

Todavia, o presidente da Câmara, Emílio Torrão, fez questão de esclarecer: “O estudo apresentado é um instrumento de trabalho, não é para ser usado como uma arma de arremesso político”.

“O documento fornece algumas pistas para o futuro, tendo uma importância vital na resolução da situação em que o município se encontra”, mas “é fundamental não aligeirarmos as coisas, a realidade é muito dura!”, asseverou.

Para o vereador Jorge Camarneiro, o documento apresentado “veio confirmar os grandes números que se apuraram no início do mandato”.

Da bancada da coligação “Mais por Montemor”, do PPD-PDS/CDS-PP, Aurélio Rocha, lamentou “o tempo disponibilizado para a análise do documento” e reiterou “a disponibilidade para ajudar na resolução do problema”.

O Presidente da Câmara sublinhou que vai ser necessário encetar algumas mudanças que se farão sentir pelos munícipes. “É um custo político que eu assumo. O preço da água vai aumentar, de modo a otimizar a receita. Vamos tentar fazer cobranças mais efetivas, rentabilizar o Centro Náutico e continuar a reduzir a despesa”, referiu.

O documento apresentado pela Deloitte vai ser apresentado na Assembleia Municipal no dia 26 de Setembro.

mmv