Objetivos económicos e estratégicos na origem da decisão do SIED (Serviços Estratégicos de Informação e Defesa).
Até ao final deste ano, escreve o Público, o SIED vai enviar ‘antenas’ para a Turquia e para a Argélia.
Esta decisão surge depois de três anos de contenção de despesas que levou as secretas a retirar sete ‘antenas’ de posições estratégicas.
Conta o Público que até 2010 o SIED tinha agentes em 12 destinos: Marrocos, Madrid, Cairo, Moscovo, Bruxelas (dois), Guiné-Bissau, Brasil, Pequim, Angola, Moçambique e Índia. Contudo, as políticas de austeridade levaram a que o número de agentes destacados em missões fosse reduzido, tendo ficado apenas cinco ‘antenas’ efetivas na China, Angola, Moçambique, Índia e Brasil.
O envio de agentes para a Turquia e para a Argélia é feito com base em interesses estratégicos e comerciais, respetivamente.
Na Turquia o objetivo é vigiar os jihadistas, uma vez que este país faz fronteira com a Síria, o Iraque e a Bulgária. Na Argélia os interesses são económicos porque, refere o Público, o investimento português naquele país tem vindo a aumentar.
Assim, até ao final deste ano serão enviados agentes para estes dois polos e, sabe o Público, o número de ‘antenas’ colocadas em outros países deverá também aumentar ao longo do próximo ano, sendo as cidades de Madrid e Rabat, as escolhidas uma vez que são pontos estratégicos para o Estado Islâmico no que ao recrutamento diz respeito. Mas não só. São também importantes pontos para os jihadistas que abandonam as fileiras do ISIS e pretendem regressar a casa.
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