Seu nome é Luís Simões. Tem 26 anos de idade, é de Ponte de Vagos, mas diz sentir-se “mirense”.
Foi na Obra do Frei Gil que Luís Simões chegou menino e transformou-se no homem que é hoje. Sente orgulho nisso e, sempre que vem de Timor Leste, onde trabalha, faz questão de “ir ver os amigos”
Há dois anos e meio em Timor, depois de ter passado também por Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, Luís Simões é chefe executivo de um hotel em Dili, onde dá formação ao staff, e diz sentir-se “imensamente feliz e útil por lá”. Desta forma, diz – quando questionado pela reportagem do Jornal Mira Online – não vê motivos “para de lá sair”.
Mas, porque estamos a falar deste jovem talentoso?
É que, recentemente, Luís Simões esteve em Portugal lançando o seu primeiro livro, intitulado “Sabores da Lusofonia” e, como não podia deixar de ser, também veio apresenta-lo no Concelho de Mira, mais precisamente no Museu Etnográfico da Praia de Mira. Fê-lo com amor e dedicação à terra que sente como sua e onde é sempre tão acarinhado. Fê-lo para dar a conhecer uma gastronomia de excelência, onde os sabores, os cheiros, os temperos de cada um dos países que compõem a CPLP possam ser apreciados.
Cada país está representado com uma entrada, um prato de peixe, outro de carne e a sobremesa. E, diz Luís Simões, “valeu muito a pena, pois as pessoas nem imaginam a quantidade de receitas que podiam ter sido colocadas no livro: dava para fazer mais dois ou três!”.
Depois de estar cerca de 4 meses debruçado sobre o assunto, a fazer experiências para, finalmente, completar o livro, o autor sente-se muito orgulhoso do trabalho desenvolvido, pela qualidade que cada prato ali retratado contém. Assume ter sido “a consolidação de uma paixão especial por África, terra de gente muito simples e afetuosa” que lhe inspirou a ideia e tomou forma de livro acabado!
Luís Simões acredita que, para além da cozinha ser uma grande paixão, também “a comida liga as pessoas”, fazendo parte de uma interação que une cada uma e todas as sociedades.
Por fim, este jovem afável e simpático, fez questão de deixar uma palavra de apreço à terra mirense. Uma palavra de prova inequívoca de que, segundo suas palavras, leva Mira “para todo o lado… e, especialmente a Obra do Frei Gil” que lhe deu, afirma reconhecido, “uma oportunidade de vida, à qual agarrei-me com unhas e dentes… nem sequer penso o que poderia ter sido da minha vida, se não estivesse naquela casa!”.
Fotos: Carlos Guiomar