Mira: Pescanova pondera resgatar fábrica de Mira à banca

A Nova Pescanova, constituída esta semana, poderá resgatar a quinta piscícola de Mira, em Portugal, que tem estado a funcionar graças à injeção de capital dos quatro bancos credores portugueses enquanto não se encontrava comprador interessado. A decisão será tomada até 30 de novembro, de acordo com fontes citadas pela imprensa espanhola, antes do fecho de contas da empresa.

A Caixa Geral de Depósitos, o BPI, o BCP e o Novo Banco serão credores de mais de 100 milhões de euros de dívida do projeto português da Pescanova e, desde que foi anunciada a intenção de venda da maior quinta de aquacultura do Mundo, têm injetado capital de forma a não desvalorizar o ativo até ser encontrado comprador.

A Acuinova estará em vias de ser rentável pela primeira vez desde que entrou em funcionamento, em 2009, saíndo dos prejuízos de 7,4 milhões de euros registados em 2014, para 726 mil euros no primeiro semestre que poderão tornar-se em lucro com o fecho de contas do ano. O empreendimento da Praia de Mira, no distrito de Coimbra, sofreu uma série de revezes desde a construção defeituosa que nunca lhe permitiu produzir aos níveis esperados.

Segundo fontes conhecedoras das contas da empresa, o aumento de preço do pregado (também conhecido por rodovalho) para mais de 8 euros por quilo ajudou à recuperação espectacular da quinta onde a Pescanova tinha garantido que não injetaria mais dinheiro. Nas comunicações ao regulador da bolsa espanhola, a Pescanova contabilizava o ativo em Portugal como estando para venda, representando um investimento de 107,8 milhões de euros. Há um ano, inclusive, a PwC foi mandatada para tentar concretizar a venda

Fointe: http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/interior.aspx?content_id=4812319