Ministros da Saúde da UE adquirem mais medicamentos e equipamentos contra ébola

Os ministros da Saúde da União Europeia decidiram intensificar as trocas de informações sobre medidas de controlo de pessoas
potencialmente infectadas com ébola e desenvolver um sistema de aquisição conjunta de medicamentos, ainda experimentais, e
equipamentos protectores.
Portugal concordou com medidas de controlo do ébola no embarque de passageiros oriundos de zonas de risco, no âmbito de uma reunião extraordinária de ministros da Saúde da União Europeia, realizada em Bruxelas, anunciou o Governo.
“Portugal e os restantes países europeus afirmaram concordar que a implementação de medidas de controlo no embarque de passageiros oriundos das zonas de risco é o método mais eficaz de conter a propagação internacional da doença”, afirma o Ministério da Saúde, em comunicado.
O ministério adianta que Portugal declarou igualmente estar “empenhado em ajudar, no âmbito das possibilidades”, as medidas locais de combate à doença que continuam a ser mais eficazes para a protecção das pessoas residentes nos países afectados – Libéria, Serra Leoa e Guiné Conacri – e no resto do mundo.
“Não havendo consenso científico sobre a eficácia de medidas de controlo e rastreio de pessoas chegadas à Europa, cada Estado
desenvolverá as medidas que forem adequadas ao risco que resulta das ligações de cada um com os países afectados”, refere-se no comunicado.
Portugal pode decidir adoptar medidas de maior controlo, consoante o desenvolvimento da epidemia.
Para já, vai ser intensificada a divulgação de informação aos passageiros oriundos de países “seleccionados consoante o risco de
transporte de doentes” e, logo que indicado, o registo de contactos de pessoas vindas dos países onde grassa a epidemia.
“As autoridades de saúde lembram que não existem voos directos de Portugal para os países onde a epidemia se verifica”, lê-se no comunicado.
A epidemia de ébola já provocou a morte a cerca de 4.500 pessoas, de acordo com o mais recente balanço da OMS. O surto começou na África Ocidental e já há casos na Europa e nos Estados Unidos.

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