A marca austríaca decidiu escolher Brad Binder como substituto de Zarco, na próxima época. O português continuará na satélite Tech3. “Só para eles faz sentido”, diz Miguel Oliveira.
Miguel Oliveira não esconde a desilusão pela decisão da KTM em promover Brad Binder do campeonato de Moto2 para piloto oficial da equipa no MotoGP, na próxima temporada. O piloto português vai continuar na Tech3, equipa satélite da marca austríaca.
“Faz sentido para eles, mas é só para eles que faz sentido. Para mim, tendo já um ano de experiência como piloto de MotoGP, fazia mais sentido passar para a equipa oficial, mas para eles isso não faz mais sentido e é aí que estamos em desacordo. Mas respeito todas as decisões. O Mike [Leitner, manager da KTM] falou comigo e eu disse-lhe como me sinto, mas isso não fez diferença. Claramente, eles já tinham a decisão tomada e só me consultaram para eu perder tempo”, disse Miguel Oliveira, em entrevista ao “motorsport.com”.
O piloto português opta por uma posição de franqueza absoluta, sem filtros, e conta que chegou a pensar que a opção da KTM iria recair sobre Mika Kallio, piloto escolhido para substituir Zarco interinamente, até ao final da presente época. Quando foi informado de que Brad Binder, seu antigo companheiro de equipa em Moto2, não quis acreditar.
“Eu pensei que se fosse o Mika seria uma situação normal, porque eu construí uma boa relação com a Tech3 e não faria sentido mudar. Ao escolherem um ‘rookie’ [Binder], com a minha idade, faz sentir que eu não mereço estar lá [na equipa oficial]. Vamos ver o que o futuro reserva. O meu compromisso está totalmente aqui e irá permanecer o mesmo. Quanto ao futuro a longo prazo não tenho ideia”, remata Miguel Oliveira.
RR