Michelle Obama diz que Trump é racista e semeia “o medo e a confusão”

A ex-primeira-dama Michele Obama criticou hoje Donald Trump, acusando o Presidente norte-americano de ser “racista” e semear o “medo e a confusão”.

“O que o Presidente está a fazer é claramente errado, é moralmente errado e, sim, é racista”, disse Michele Obama, referindo-se à onda de manifestações contra a violência policial, que Donald Trump classificou como “terrorismo interno”.

Algumas das manifestações antirracistas desencadeadas pela morte de George Floyd transformaram-se em motins, nomeadamente após a intervenção de milícias da extrema-direita.

“Apenas em uma pequena parte das manifestações houve violência”, afirmou a ex-primeira-dama, numa mensagem vídeo em que apela aos norte-americanos para se mobilizarem em torno do candidato democrata Joe Biden.

Joe Biden, disse Michele Obama, é um líder que tem “o coração, a experiencia e o temperamento necessários para nos conduzir” a América a “melhores dias”.

Perante as “mentiras” de Donald Trump e as “conspirações repetidas continuamente”, até “as pessoas razoáveis podem ter medo”, acrescentou, salientando que “a única coisa em que este Presidente é bom é em usar o medo, a confusão, e a espalhar mentiras para vencer”.

No final de agosto, na convenção republicana, Donald Trump disse que se “a esquerda chegar ao poder, vai acabar com os subúrbios residenciais”, acusando os democratas de defenderem “os anarquistas, agitadores, desordeiros” e aqueles que “queimam a bandeira”.

Imaginem o que é estar sob suspeita desde o dia em que nasceram só por causa da cor da pele”, argumentou hoje a mulher do primeiro Presidente negro da história dos Estados Unidos da América, numa mensagem dirigidas aos indecisos para as eleições que se realizam no início de novembro.

“Racismo, medo, divisão. Essas são armas poderosas que podem destruir uma nação se não os atacarmos pela frente”, sustentou.

As eleições para a presidência norte-americana estão marcadas para 03 de novembro e opõem o candidato democrata Joe Biden ao candidato republicano e atual Presidente, Donald Trump.

Lusa