Ex-militar de 38 anos ficou sem oxigénio e foi encontrado inconsciente
Um antigo membro da marinha tailandesa morreu, por falta de oxigénio, depois de ter entregado uma reserva de ar às 12 crianças presas numa gruta inundada no norte da Tailândia, disseram esta sexta-feira as autoridades.
“Depois de ter entregado uma reserva de oxigénio, ficou sem oxigénio para regressar” à superfície, anunciou o vice-governador da província de Chiang Rai, Passakorn Boonyaluck. Foi encontrado inconsciente cerca da uma da manhã de sexta-feira, hora local (menos sete horas em Lisboa).
“Ficou inconsciente no caminho de regresso, e o companheiro de mergulho tentou ajudar”, disse o chefe dos comandos da marinha tailandesa, Apakorn Yookongkaew.
Este acidente ocorreu quando as equipas de socorro e busca dos 12 rapazes e do seu treinador de futebol, presos numa gruta há 13 dias, aceleravam esta sexta-feira os preparativos para a sua retirada, antes do regresso anunciado da chuva.
É a primeira baixa mortal da missão de resgate e aumenta os receios de retirar as crianças durante o dia de hoje, por evidenciar os perigos do percurso que as crianças e jovens – 11 e 16 anos – e o seu treinador de 25 anos vão enfrentar para sair da gruta.
O homem foi identificado como sendo Saman Kunam, um ex-oficial da marinha tailandesa, de 38 anos. O vice-governador da província de Chiang Rai, Pasakorn Boonyalak, admitiu, citado pelo Washington Post , que esta missão “é muito assustadora e perigosa, mas vamos continuar como planeado”.
Os socorristas esperam conseguir, com a ajuda de bombas, baixar o nível da água, de modo a permitir que as crianças não tenham que mergulhar durante muito tempo.
Até ao momento, um mergulhador experimentado demora seis a chegar ao local onde se encontram as crianças e cinco horas para regressar, graças a corrente.
O percurso estende-se por vários quilómetros através de canais acidentes, com passagens difíceis sob a água.
DN
Fonte: Reuters