Mercados… Mercado de Mira (destruído em 2005) e Mercado da Praia

A necessidade de projectar o futuro (tendo por base uma análise do passado e sendo o presente o período de tempo onde se concretiza e interliga estas duas fases), é essencial para a implementação de qualquer estratégia. Considerando o “mercado” como o local onde os compradores e os vendedores se encontram para comutar os seus bens, é, por si só, basilar para toda a economia. No entanto, é fundamental fazer a distinção das diversas formas de “mercados” e todas as suas especificações.

Na circunstância concreta do concelho de Mira debruçámos a nossa análise nos dois espaços físicos criados pelo município para desenvolver esta actividade. Todavia, é fundamental continuar a estratégia que os incorpore no todo colectivo, caso contrário não terão futuro.

Vamos aos factos!…

O Concelho de Mira, antes do Partido Socialista liderar a Câmara Municipal pela primeira vez (1994), estava muito carenciado nos mais variados aspectos e em muitas áreas. Quanto à temática dos mercados, não existia mercado em Mira e o da Praia (mercado velho) funcionava sem o mínimo de condições.

 

MERCADO DE MIRA – Era uma “ambição” das nossas populações naquela época e fazia parte da estratégia do PS para o concelho. Passado algum tempo, a Câmara construiu um mercado novo, espaço onde a população poderia vender os seus produtos e angariar alguma receita para compensar a vida difícil de muitas famílias. Estava criado um mercado de produtos biológicos, tradicionais, de qualidade e onde seriam comercializados produtos do sector primário. Seria também um espaço de convívio e de socialização das gentes e cultura gandaresas. Hoje, muito se fala da criação deste tipo de “mercados” e muito se fala em pesca e agricultura…

O mercado de Mira foi construído e inaugurado em 2001, pelo Sr. Governador Civil de Coimbra, Professor Horácio Antunes, sendo Presidente da Câmara, João Reigota. Ora, nos finais deste ano, ocorreram eleições autárquicas e o PSD foi o mais votado. Incrivelmente, no mandato (2001-2005), a obra “novinha” foi abandonada e nunca o PSD na Câmara se dignou, ao menos, pô-la em funcionamento, permitindo aos Mirenses usufruírem desta importante estrutura. Mas o pior ainda estava para acontecer: Um pouco antes das eleições autárquicas de 2005, a Câmara mandou “destruir” o mercado por motivações políticas, numa atitude irresponsável, mandando “à fava” centenas de milhares de euros do erário público.

O espaço continua destruído e abandonado. Neste momento já existe possibilidade de intervir naquele local. É uma questão de escolha política e este executivo continua a “assobiar para o lado”. Defendemos que Mira merece aquele espaço recuperado. Quando a Câmara gasta recursos financeiros noutros locais, não pensa naquele? Não há ideias para aquele espaço? Será que não merece?

 

MERCADO DA PRAIA – O que existia não tinha quaisquer condições, nem era digno duma estância balnear como a Praia de Mira. A Câmara Municipal, nos mandatos do PS, arrancou com uma série de processos e projetos, entre eles o novo Mercado da Praia. O Mercado novo da Praia seria inaugurado pelo Sr. Secretário de Estado da Administração Pública, Fausto Correia, em 18 de Setembro de 1999, sendo Presidente da Câmara, João Reigota. Indiscutivelmente foi uma mais-valia para o nosso concelho. Contudo, devemos ter presente a constante evolução das coisas e a degradação que os anos trazem aos equipamentos. Tendo passado mais de uma década da sua construção, este equipamento precisa de algumas alterações. Precisa de manutenção, de inovação, de novos produtos, de nova organização e será essencial fazer uma promoção bem estruturada das suas ofertas, cativando assim novos públicos.

O actual executivo, há uns meses fechou este espaço, prometendo “intervenções”. Ficámos na expectativa, pensando que seriam feitas as intervenções necessárias e que estariam a aplicar efectivamente recursos num equipamento que merecia. Mas não. Esteve fechado e nada… Tirando uns ferros pintados, nada mais se fez. E o pior é que perderam comerciantes e compradores. Urge efectivamente uma mudança!

 

Como exposto anteriormente, Mira e a Praia, ficavam neste campo, dotadas de duas importantes estruturas. Lamentavelmente, neste capítulo, as populações não puderam usufruir delas como se pretendia. O da Praia está numa fase de algum “impasse”. O de Mira está irremediavelmente perdido pela situação anómala, inédita e irresponsável que foi criada por uma gestão camarária que prejudicou seriamente as nossas gentes.

Os “Mercados” são mais um exemplo da falta de estratégia de quem (hoje) lidera a autarquia. Continuamos sem saber qual será o caminho que pretendem percorrer e que objectivos pretendem alcançar. O que será feito neste mandato (2013-2017) sobre esta matéria?

Isto é a síntese dos factos. Tudo o resto é “conversa”…

 

Partido Socialista