Chamam-lhe “Maria”.
Esta corajosa mulher resolveu pôr fim a 50 anos de abusos e constante violência ao sair de casa, indo parar numa “casa-abrigo”
Garante ter sido “doloroso” tomar esta decisão, mas “Maria” que foi humilhada e abusada durante cinco décadas, tomou a atitude que considerou a mais correta, saindo de onde vivia, no Porto.
Só assim conseguiu voltar a viver condignamente, acreditando em si própria e sentindo-se livre da opressão e da violência doméstica vivida por tantos e tantos anos.
“Maria” é, infelizmente, apenas um dos muitos exemplos que ocorrem diariamente, da violência física e psicológica vivida por tantas mulheres. Ela é, por sua vez, um exemplo para aquelas que ainda não conseguiram sair das teias da violência.
Todas estas mulheres que sofrem, como sofreu “Maria” devem saber que existem 37 “casas-abrigo” espalhadas pelo país. Estas casas são secretas, por motivos óbvios, mas abrigam dentro delas histórias dolorosas de constante sofrimento pelas quais nem “Maria” nem nenhuma outra “Maria” deveria passar…