Os matemáticos Gonçalo Pena, José Augusto Ferreira e Maria Paula Oliveira e os médicos Joaquim Murta, Lino Gonçalves e Rufino Silva vão ser os protagonistas da primeira sessão do “M³ – Med MEETS Math”, um conjunto de encontros de diálogo entre a Medicina e a Matemática, que vai decorrer no próximo dia 14 de maio, pelas 15 horas, na sala 2.4 do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
A iniciativa é promovida pelo Laboratório de Matemática Computacional (LCM) do Centro de Matemática da Universidade de Coimbra (CMUC) e pretende promover o diálogo entre especialistas da comunidade médica e matemáticos.
Este primeiro encontro é composto por três atos, em que os especialistas das duas áreas de saber vão abordar os temas “Rumo à oftalmologia de precisão: tratamento do glaucoma”, “A matemática do envelhecimento: patologias da retina” e “Matemática e o coração: stents e hemodinâmica”.
O diálogo entre a Medicina e a Matemática evoluiu muito nos últimos anos e a «abordagem matemática constitui hoje um importante coadjuvante da clínica. Os modelos matemáticos não só facilitam a compreensão da fisiologia de um modo muito rigoroso, como também permitem ao médico ter informações quantitativas em inúmeras situações em que anteriormente dispunha unicamente de uma avaliação qualitativa», referem os responsáveis pela organização do evento.
O objetivo deste encontro é «realçar, através de histórias de colaboração, as inúmeras possibilidades do diálogo entre Medicina e Matemática. Iremos do “olhar ao coração”, falando de patologias como o glaucoma, os diferentes tipos de retinopatias e a doença coronária. Clínicos e matemáticos apresentarão as suas diferentes, mas complementares, perspetivas da utilização de lentes que libertam fármaco, implantes biodegradáveis que evitam barreiras fisiológicas e entregam medicamentos na retina, e stents cardiovasculares que evitam uma posterior reoclusão dos vasos», sublinham.
O LCM promove investigação em matemática computacional e computação científica, para resolução de problemas quantitativos complexos oriundos de diferentes campos interdisciplinares. A atividade do laboratório inclui modelação matemática, computação de alto desempenho e desenvolvimento de software numérico.